Dia a dia
PF identifica medicamentos falsificados e clandestinos no ES
A ação é um trabalho conjunto entre Anvisa e as Vigilâncias Sanitárias do município de Cuiabá e dos estados de Goiás, São Paulo e Espírito Santo

Polícia Federal. Foto: Divulgação/PF
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (17), “Operação Autoimune”, contra esquema clandestino de importação e comercialização de medicamentos falsificados e de origem estrangeira. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Vila Velha. No total, são 32 mandados de busca e apreensão para Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
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A ação é um trabalho conjunto entre Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e as Vigilâncias Sanitárias do município de Cuiabá e dos estados de Goiás, São Paulo e Espírito Santo.
A primeira fase da operação possibilitou que os investigadores tomassem conhecimento de que o mercado paralelo de medicamentos estrangeiros contava com a participação de diversas empresas de fachada, sendo praticado em 65 municípios do país localizados em 16 estados e no Distrito Federal, tendo movimentado, em 10 meses, cerca de R$ 4 milhões. Ainda nessa operação, foi apreendida uma caixa do medicamento imunoglobulina com origem argentina e comprovadamente falsificado.
Nomeada de Operação Autoimune, as investigações tiveram início com uma apreensão anterior, no Aeroporto Internacional de Campo Grande (MS), de várias caixas de medicamentos de origem argentina contendo o princípio ativo “Neostigmina”, desacompanhadas de documentação que comprovassem a sua entrada regular no território nacional. Nesta ocasião, também já havia sido apreendida uma caixa do medicamento imunoglobulina com origem argentina e comprovadamente falsificado.
Medicamentos de origem irregular não têm qualquer garantia sobre suas condições de qualidade. Mesmo nos casos em que a Anvisa autoriza a importação de forma excepcional de produtos sem registro no país é necessário o cumprimento de procedimentos para que se garanta a segurança dos pacientes.
O metilsulfato de neostigmina é utilizado para o tratamento de miastenia grave e para inverter os efeitos dos relaxantes musculares. Atualmente, há dois medicamentos com registro válido na Anvisa contendo esse insumo farmacêutico ativo (IFA): Normastig e o medicamento genérico Metilsulfato de neostigmina.
A imunoglobulina humana é um hemoderivado obtido a partir de plasma humano e essencial no ambiente hospitalar, sendo utilizada atualmente para o tratamento de doenças inflamatórias e autoimunes. No momento, há diversos produtos com registro válido que podem ser consultados na página da Anvisa: https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/.
