Dia a dia
PF identifica líderes dos atos pró-Bolsonaro no ES. Confira os nomes
Ex-PM e até um candidato ao governo do ES em 2022 estão entre os suspeitos de organizar e financiar bloqueios em rodovias federais no ES
Comerciantes, caminhoneiros, ex-policial militar e até um candidato ao governo do ES em 2022, estão entre os suspeitos de organizar e financiar bloqueios em rodovias federais no Espírito Santo. Segundo reportagem do Estadão, em São Mateus, a Polícia Federal (PF) identificou os suspeitos como possíveis organizadores, mas afirmou ao STF não ter encontrado uma “coordenação centralizada”.
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A reportagem diz também que após contato com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a PF informou que Wanderson de Paula, candidato a vereador pelo partido Cidadania em 2020, estaria entre as pessoas flagradas “agitando e dando e à manifestação” em Linhares.
Já em Guarapari, a professora da rede municipal e candidata a deputada estadual na última eleição Ticiani Rossi (PL) “mostrou ser uma das lideranças com o ir à barraca da coordenação do movimento”, de acordo com o relatório da PF.
“Ela se apresenta nas redes sociais como “ativista política” e foi identificada pelos policiais no protesto na BR 101, na altura de Guarapari”, diz o Estadão.
Procurada pelo jornal, Ticiani negou participação em atos políticos depois da eleição. “Não sou liderança de nenhuma manifestação em nenhum lugar do País. Fui candidata a deputada estadual pelo PL por Guarapari, portanto tenho liderança política na cidade conhecida por todos. Não confirmo participação em nenhum ato”, disse.
O caminhoneiro Thiago Queiroz Rodriguez, o candidato a governador em 2022 Cláudio Paiva (PRTB) e o instrutor de tiro Flávio Silva Polonini também seriam lideranças. “A maioria das adesões eram espontâneas, no que se pôde presenciar, contudo alguns caminhoneiros queriam prosseguir viagens”, diz um trecho do documento.
À reportagem do ES 360, Claudio Paiva disse que ainda não tomou conhecimento oficial das acusações e que está conversando com seus advogados para se pronunciar sobre o caso.
No entanto, negou que tenha participado de fechamentos de rodovias e financiado qualquer tipo de manifestação pró-Bolsonaro.
“Não tive dinheiro nem para minha campanha, como vou ter dinheiro para financiar manifestação”, questionou Paiva.
Ele reconheceu, no entanto, que participou de outras manifestações como carreatas contra o que chamou de “lei da mordaça”, mas que não teve envolvimento em fechamento de rodovias.
“Se me chamarem para depor, eu irei de verde e amarelo, enrolado na minha bandeira. Sou patriota e onde estiver manifestação contra essa lei da mordaça eu estarei presente”, disse.
O Estadão entrou em contato, por e-mail e via redes sociais, com outros citados no relatório da PF, mas ainda não teve retorno.
