Dia a dia
PF encontra provas de suposta interferência de Silvinei nas eleições
Polícia localizou conversas em que o ex-diretor geral da PRF teria determinado um policiamento direcionado a grupos específicos no segundo turno

Silvinei Vasques. Foto: Minervino Júnior
A Polícia Federal (PF) encontrou provas no celular de Silvinei Vasques, ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal, preso nesta quarta-feira (09). Vasques foi detido por tempo indeterminado e será transferido para Brasília ainda nesta tarde.
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De acordo com informações do blog da Camila Bomfin, do G1, os investigados conseguiram apreender imagens de policiais rodoviários com mapeamento de cidades em que o então candidato Lula obteve mais de 75% de votos no primeiro turno na região Nordeste.
A PF conseguiu localizar conversas de uma reunião na qual o ex-diretor geral teria determinado uma espécie de policiamento direcionado a grupos específicos no dia do segundo turno nas cidades escolhidas.
Na suposta reunião, não foram permitidos uso de celulares mas os integrantes trocaram mensagens após o encontro para relatar o conteúdo e a preocupação com o direcionamento da PRF para ajudar o então presidente Bolsonaro na disputa de uma reeleição. Além disso, o tom da conversa gerou desconforto em alguns dos participantes.
Na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI) do oito de janeiro, Vasques negou que tivesse dado ordens direcionadas a dificultar a agens de possíveis eleitores de Lula nas rodovias. Agora a MI deve fazer um novo pedido de depoimento do ex-diretor geral da PF para que ele compareça com as novas provas que o incriminam.
De acordo com os investigadores, os arquivos encontrados também ajudaram no avanço das investigações relacionadas ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que depôs na MI nesta terça-feira (08). No depoimento, ele negou ter participado de qualquer reunião que tivesse o auxílio à Bolsonaro como pauta.
