Dia a dia
PF anuncia prisão de brasileiros ligados ao grupo libanês Hezbollah
O grupo é um partido político que tem um braço paramilitar apoiado pelo Irã e exerce grande poder no Líbano. Eles pregam a destruição do Estado de Israel

Hezbollah ainda atribui a culpa pela guerra aos Estados Unidos. Foto: Reprodução
A Polícia Federal (PF) anunciou que prendeu em São Paulo na quarta-feira (08) duas pessoas que teriam ligações com o grupo libanês Hezbollah. Os nomes dos detidos não foram informados. Segundo a BBC News Brasil, a operação contou com o apoio de órgãos policiais e de inteligência dos Estados Unidos e de Israel.
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
Por meio de nota, a PF informou que a operação, batizada de Trapiche, tem o “objetivo de interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país”.
Em nota atribuída ao Mossad, serviço secreto israelense, e enviada à imprensa na tarde desta quarta pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, os israelenses confirmam sua participação na investigação que culminou na operação da Polícia Federal.
De acordo com a nota, a ação “frustrou um ataque terrorista no Brasil, planejado pela organização terrorista Hezbollah, dirigida e financiada pelo regime iraniano”. A nota do Mossad diz ainda que no Brasil, a “célula terrorista” teria como alvos instituições judaicas e israelenses.
Ainda de acordo com duas fontes policiais, a investigação apontou que os suspeitos são financiados pelo Hezbollah e que planejavam fazer ataques contra a comunidade judaica no Brasil. Um deles foi preso no aeroporto de Guarulhos, quando chegava do Líbano.
O suposto plano de ataque a alvos judaicos no Brasil vinha sendo trabalhado há algum tempo, mas as tratativas para que ele fosse executado se intensificaram após o início do conflito entre o Hamas e Israel, no início de outubro, informaram fontes familiarizadas com o assunto.
Os supostos terroristas já teriam selecionado seus alvos, incluindo sinagogas e prédios ligados à comunidade judaica no Brasil. Um deles seria a Embaixada de Israel, em Brasília.
Após as detenções, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) emitiu nota manifestando “enorme preocupação com a prisão de terroristas no Brasil ligados ao grupo terrorista libanês Hezbollah, que, segundo a Polícia Federal, planejavam atentados contra alvos judaicos no Brasil”.
Os dois são brasileiros descendentes de libaneses. Seus nomes, segundo investigadores, estão na lista de procurados da Interpol. Ainda de acordo com pessoas familiarizadas com a investigação, um dos alvos presos já respondia por crimes de lavagem de dinheiro e contrabando.
*Com informações BBC News Brasil
