Perigo! 80% dos afogamentos no ES ocorrem em água doce

Uma criança morreu após se afogar em lagoa de Marataízes. Foto: Divulgação (Caminha Gente)

O último feriado prolongado acendeu um novo alerta sobre os riscos de afogamento principalmente em rios, lagoas e cachoeiras. Ao contrário do que muitos pensam, a maior parte das ocorrências não são registradas em praias. 

De acordo com o Corpo de Bombeiros, 80% dos registros acontecem em áreas de água doce. 

Para se ter uma ideia, das quatro mortes registradas durante o carnaval no estado, uma foi em lagoa e outras duas em um rio no município de Ibitirama. 

De acordo com a capitão Andresa, do Corpo de Bombeiros, muitas dessas ocorrências podem ser evitadas se a população tomar cuidados simples. 

“Quando existe um local que tenha ambiente aquático a gente reforça para não ingerir bebida alcóolica, o que diminui muito o reflexo das pessoas. Água no umbigo é sinal de perigo. Para as crianças, o ideal é usar coletes e não boias”, orientou. 

Ela explicou ainda que há casos em que o afogamento em cachoeiras acontecem após algum trauma. “Esses locais são bastantes escorregadios. Às vezes a pessoa cai, tem um trauma e, em consequência, vem o afogamento”, destacou. 

Andresa explicou ainda que o Corpo de Bombeiros faz um trabalho em parceria com as prefeituras para instalar placas de sinalização nesses locais a fim de evitar tragédias como as dos dois irmãos que morreram afogados em um rio no último fim de semana. 

“Algumas lagoas têm guarda-vidas, mas é difícil abraçar tudo. Por isso que a gente fala e reforça para as pessoas terem a consciência sobre a segurança. Para o afogamento existe prevenção e temos sempre que procurar medidas para que ele não aconteça”, aconselhou. 

Dicas do Corpo de Bombeiros para evitar os afogamentos:

1. Se consumir bebidas alcoólicas não nade;

2. Não exceda suas capacidades físicas e habilidades de natação se afastando da margem ou tentando travessias;

3. Se não souber nadar lembre-se: “água no umbigo sinal de perigo!”

4. Crianças necessitam de supervisão direta de um adulto – a distância segura é de um braço de afastamento para que haja uma pronta resposta;

5. Evite boias infláveis, ela podem esvaziar ou furar, dê preferência a coletes flutuadores rígidos;

6. Use sempre coletes salva vidas se estiver embarcado, mesmo em pequenas embarcações como canoas ou caiaques;

7. Muita atenção em cascatas e cachoeiras, as rochas são altamente escorregadias facilitando quedas, eventuais traumas e também afogamentos;

8. Se precisar ajudar alguém que esteja se afogando, não faça contato corpo a corpo, lance objetos flutuantes como corda, um galho, bolas, garrafa pet vazia e fechada, pranchas, etc. e ligue 193.