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O que pensa o novo ministro da Saúde sobre covid-19, isolamento, pandemia…

Futuro ministro publicou textos em rede social e expôs suas ideias sobre como combater o avanço do coronavírus

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Nelson Teich. Foto: Reprodução/Youtube

Nelson Teich. Foto: Reprodução/Youtube

Nelson Teich tem uma relação com o presidente Jair Bolsonaro nascida ainda na época de campanha eleitoral. Carioca, formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, especializado em oncologia, Teich foi um consultor informal para o setor de saúde no período de formulação das propostas do então candidato Bolsonaro. Chegou a ser cotado para o Ministério da Saúde. Mas a relação do presidente eleito com Ronaldo Caiado e a tentativa de aproximação com o DEM fizeram a escolha recair sobre Luiz Henrique Mandetta.

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Teich é um empresário da saúde. É sócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos. Usa as redes sociais para expor suas ideias. Mas não se trata de Twitter ou Facebook, terrenos preferidos pelo presidente e seus filhos. Teich usa o LinkedIn para expor suas ideias. E a partir desses textos, dá para delinear suas ideias sobre a covid-19 e as maneiras de combater a pandemia.

Em um texto com o título “COVID-19: Como conduzir o Sistema de Saúde e o Brasil”, ele afirma sobre o isolamento horizontal, ponto de discórdia entre Bolsonaro e Mandetta: “Diante da falta de informações detalhadas e completas do comportamento, da morbidade e da letalidade da covid-19, e com a possibilidade do Sistema de Saúde não ser capaz de absorver a demanda crescente de pacientes, a opção pelo isolamento horizontal, onde toda a população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento. Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país.”

E conclui, sobre a proposta de flexibilização nesse tipo de isolamento: “Como exemplo, sendo real a informação que a maioria das transmissões acontecem a partir de pessoas sem sintomas, se deixarmos as pessoas com maior risco de morte pela covid-19 em casa e liberarmos aqueles com menor risco para o trabalho, com o ar do tempo teríamos pessoas assintomáticas transmitindo a doença para as famílias, para as pessoas de alto risco que foram isoladas e ficaram em casa. O ideal seria um isolamento estratégico ou inteligente”.

Sobre a polarização envolvendo a pandemia, ele escreveu em outro artigo, intitulado “COVID-19: Histeria ou Sabedoria?”: “A discussão sobre as estratégias e ações que foram definidas por governos, incluindo o brasileiro, para controlar a pandemia da covid-19 mostra uma polarização cada vez maior, colocando frente a frente diferentes visões dos possíveis benefícios e riscos que o isolamento, o confinamento e o fechamento de empresas e negócios podem gerar para a sociedade”, escreveu.

“É como se existisse um grupo focando nas pessoas e na saúde e outro no mercado, nas empresas e no dinheiro, mas essa abordagem dividida, antagônica e talvez radical não é aquela que mais vai ajudar a sociedade a ar por esse problema”.

Resta saber se esses pensamentos serão mantidos ou alterados com a sua chegada ao Ministério da Saúde.