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Dia a dia

No ritmo atual, duplicação da BR-101 só termina em 50 anos

Previsão é de entrega de 80 quilômetros de rodovia em pista dupla até 2023, 10º ano de contrato

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Trecho duplicado da BR-101 em Guarapari. Foto: Divulgação/Eco101

No ano que vem o contrato de concessão da BR-101 no Espírito Santo completa 10 anos e até lá a previsão da Eco101, que istra a via e executa as obras, é que cerca de 80 quilômetros de rodovia estejam duplicados. O número representa apenas 20% do total previsto para o 10°ano de concessão. No contrato, o cronograma previa que 385,9 dos 475,9 quilômetros de vias (o equivalente a 81% de toda a obra) estariam duplicadas no período.

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Considerando esse ritmo de execução, ou seja, se a concessionária continuar entregando 20% de duplicação a cada década, a obra levará 50 anos para ser finalizada, o dobro do prazo de concessão, que é de 25 anos. A Eco101 começou a cobrar o pedágio em 2014, um ano depois de contrato assinado.

Atualmente, a BR-101 tem 46,3 km de trechos duplicados e outros 22 km – de Guarapari a Anchieta – estão em obras, com previsão de entrega até o fim de 2022. Ainda neste ano, a previsão da concessionária é começar obras de duplicação de mais 14 km, de Iconha a Anchieta. Com a conclusão dessas obras, estariam duplicados 75 km no trecho Sul da BR-101.

Entrave no trecho norte

Já no trecho norte, foram duplicados até agora apenas 7,2 km, sendo 4,5 km em Ibiraçu e 2,7 km em João Neiva. Essa parte da rodovia é onde ocorre o maior entrave da obra até agora: a agem da estrada pela reserva biológica de Sooretama.

Por ser refúgio de animais silvestres, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) se manifestou contrário à duplicação nos 5 km da BR-101 que am no meio da área de proteção e de outros 10km de aproximação a norte e sul da área, totalizando um trecho de 25km impossibilitado de ganhar pistas duplas. Um contorno de mais de 60km já foi sugerido para solucionar o problema, mas o projeto foi considerado inviável.

Segundo o Ibama, o trecho da negativa tem início no trevo de o à BR-259 (Km 203+700), em João Neiva, e vai até o entroncamento da BR-101 com a ES-430, em Jaguaré.

“A agem pela Rebio de Sooretama não teve a viabilidade ambiental atestada, carecendo de apresentação de estudo de alternativas locacionais. A liberação de quaisquer obras só ocorrerá na próxima fase do licenciamento, após a expedição da licença de instalação”, informou o órgão, por nota.

Já outra parte da estrada, de Serra a João Neiva, já teve aval do órgão ambiental, mas ainda não há data firmada para início das obras do segmento norte. De acordo com a Eco101, o Ibama emitiu no último mês de novembro a licença prévia, de processo iniciado em 2013.

“Na fase atual, em posse desta licença a concessionária está desenvolvendo os programas ambientais e aprimorando os projetos para solicitação da Licença de Instalação, documento que, junto às autorizações de supressão vegetal e de manejo de fauna, autorizam o início das obras. Na fase de licenciamento prévio, o Ibama atestou a viabilidade ambiental do projeto de duplicação entre Serra a João Neiva”, detalhou a concessionária.

O que já foi entregue

Viana a Guarapari (km 305 a km 335)
Anchieta (km 363 ao km 366)
Ibiraçu (km 215,9 ao km 220,4)
João Neiva (km 205,4 ao km 208,1)
Contorno de Iconha (km 373,4 ao km 379,5)

A iniciar

Anchieta a Iconha, entre os km 357 e km 373 em 2022

Confira duplicação prevista em contrato

Contrato de duplicação da BR-101. Foto: reprodução