fbpx

Dia a dia

Moradores reclamam de som alto e falta de fiscalização na “nova” Rua da Lama

Moradores reclamam que antes mesmo do local ser inaugurado, frequentadores colocam som alto até a madrugada e incomodam quem vive no entorno

Publicado

em

Moradores clamam de som alto na Rua da Lama. Foto: reprodução vídeo internauta

A nova Rua da Lama será  inaugurada no próximo sábado (21). Antes mesmo que a solenidade aconteça, o local já gera polêmica. Com a reurbanização, a avenida Anísio Fernandes Coelho ganhou uma elevação, aumentando a calçada, eliminando as vagas de estacionamento. Durante a noite, a circulação de veículos ficará proibida, dando prioridade para a circulação de pedestres e sem a possibilidade de estacionar.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

Segundo a Associação de Moradores de Jardim da Penha (Amjap), essa foi uma alternativa encontrada para resolver um problema antigo dos moradores da região: o som alto dos carros parados em frente aos bares, que adentra a madrugada, muitas vezes dura até o amanhecer.

Mas, antes mesmo da inauguração oficial da obra, que já está concluída, os moradores alertam que a falta de fiscalização garante a permanência do incômodo. A Associação de Moradores afirma que vê com bons olhos a revitalização e valorização do local. Mas, nem tudo são flores. “No último final de semana, por exemplo, já teve reclamação na Associação dos Moradores, porque os carros não estão entrando,  mas as pessoas levam aquelas caixas de som, que estavam na maior altura. Não tinha guarda, não tinha fiscalização nenhuma. Os moradores sofreram a noite inteira. Inclusive fazendo declamações no 156 e nada aconteceu”, afirmou o Coordenador Geral da Associação de Moradores de Jardim da Penha (Amjap), Angelo Delcaro.

Os moradores fizeram várias vídeos da rua cheia de pessoas ao longo da madrugada. Para eles, a fiscalização é primordial para quem vive na região. “Hoje por exemplo, eu ei pela Rua da Lama por volta de 5 horas da manhã para ir trabalhar e tinha bar aberto. Inclusive com cadeiras nas calçadas”, disse Angelo Delcaro.

Comerciantes

Outra preocupação é com relação ao comércio da região. Além dos bares, que funcionam à noite, a avenida Anísio Fernandes Coelho possui várias lojas que ficam abertas durante o horário comercial e que podem ser prejudicadas com a falta de estacionamento.

“Há uma reclamação de comerciantes daquela área, que eles não foram ouvidos. São comerciantes que terão suas empresas certamente prejudicadas, porque perderam o estacionamento na área e que agora os clientes terão que parar bem distantes para chegar até lá”, pontuou.

Segundo a Amjap, o diálogo da prefeitura com a associação e comerciantes não tem sido fácil e isso preocupa. A expectativa é que essa realidade mude, para que as mudanças não gerem impactos negativos para quem vive ou trabalha na região.

Prefeitura

Entramos em contato com a prefeitura de Vitória para rear as queixas dos moradores. Quem conversou com nossa equipe foi o secretário municipal de Meio Ambiente, Tarcísio Föeger. Sobre a questão do barulho, ele afirmou que o Disque-Silêncio dia cidade funciona 24 horas por dia, sete dias da semana. Explicou ainda que todas as denúncias que chegam pelo canal 156 são apuradas.

Segundo Tarcísio, após a inauguração da nova Rua da Lama a fiscalização será intensificada para que não gere transtornos aos moradores. “Não vamos tolerar qualquer tipo de ação que venha a causar incômodo, como caixas de som, carros de som. Temos um serviço efetivo de combate a essas ações. É um compromisso desta gestão, uma orientação do prefeito, que além da entrega da nova rua reurbanizada, revitalizada, aumentar o monitoramento”, afirmou.

O secretário explicou que, além do som alto, não será permitida a presença de vendedores ambulantes que não sejam cadastrados e nem veículos estacionados.

Sobre a reclamação dos comerciantes, a prefeitura afirma que durante a fase de elaboração do projeto, tanto os moradores quanto os comerciantes foram ouvidos para que as necessidades fossem atendidas. É importante destacar que o projeto continua mantendo a circulação de carros. A região não perdeu a função viária, mas prioriza o pedestre, reconhendo essa vocação que a Rua da Lama tem”.

Tarcísio ainda explicou que, antes da revitalização, as ruas ficavam tomadas de pedestres, o que gerava riscos para os frequentadores. Agora a Rua da Lama terá uma estrutura para receber as pessoas, com calçada maior, guarda-corpo e sinalização.

A gente sempre sempre prioriza o diálogo, a abertura para investidores, cidadãos de Vitória, dando espaço para que eles possam sugerir. É claro que cada um gostaria que a obra ficasse de um jeito. Mas nós seguimos a direção que aponta para a vocação da Rua da Lama, de ser um polo gastronômico”, finalizou.