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Mesmo com pandemia, número de mortes no trânsito segue alto no Espírito Santo

Ao longo de 2020, foram registradas 393 mortes. Número pode chegar a 650, diz consultor da Federação das Empresas de Transportes do Estado

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Mesmo com a pandemia e a consequente redução da circulação de veículos, a quantidade de acidentes de trânsito continua preocupando no Espírito Santo. Ao longo de todo ano, foram 393 mortes. E as perspectivas não são animadoras. A projeção é de que o estado chegue ao fim do ano com um número elevado de mortes, segundo o consultor em segurança de trânsito da Federação das Empresas de Transportes do Espírito Santo, André Cerqueira.

“Provavelmente chegaremos até o fim do ano com 650 mortes no trânsito. As infrações por excesso de velocidade neste ano aumentaram 35%. A própria Polícia Rodoviária Federal nos alertou que, mesmo com fluxo menor, houve esse crescimento. É uma preocupação muito grande. Muitas pessoas estão perdendo a vida, especialmente os motociclistas, que são os mais vulneráveis no trânsito”, comentou.

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Somente no mês de julho, foram registradas 66 mortes nas ruas e estradas do estado, uma média de dois óbitos por dia. Em 2020, houve uma redução de 17,3% no número de mortes no trânsito nos primeiros sete meses deste ano na comparação com o mesmo período do ano ado. Em 2019, foram 475 no mesmo período.

André Cerqueira afirma que o número elevado de mortes pode ter relação com o grande número de motociclistas trafegando nas vias, que aumentou ainda mais nesse período de pandemia por conta dos serviços de delivery.

“O trânsito voltou a se intensificar. É importante frisar que 70% dos acidentes ocorrem no chamado horário de rush, que são os horários de maior movimento no trânsito. Quando isso ocorre, grande parte dos veículos ficam parados, mas uma parcela significativa das motos não param e acabam ando pelo corredor. Não podemos concluir que eles são vilões, mas, sim, são mais vulneráveis”, pontuou.

Os acidentes de moto chamam atenção. André Cerqueira aponta que deve haver um olhar mais cuidadoso para o interior capixaba, onde acontecem cerca de 75% dos acidentes fatais envolvendo motociclistas no estado.

O consultor afirma que, para diminuir o número de acidentes, é preciso um empenho geral. Ele destaca que todos, em algum momento, serão membros do trânsito, seja como condutor, como ciclista ou como pedestre. Por isso, André Cerqueira frisa que é necessário que todos colaborem.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), os acidentes de trânsito causam a morte de mais de 1,35 milhão de pessoas em todo o mundo todos os anos. No Brasil, são cerca de 40 mil mortes anualmente.