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Dia a dia

Medo afeta comércio e afasta motoristas na Leitão da Silva 

Confronto entre polícia e bandidos provoca medo na população que vive nos bairros da região

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No último final de semana, houve tiroteio no bairro Gurigica. Foto: Divulgação (Google)

Os constantes conflitos em bairros cortados pela avenida Leitão da Silva, em Vitória, não só causam medo em moradores, mas também têm afetado o comércio e alterado a rotina de motoristas de aplicativo que circulam diariamente no local. 

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A Associação das Empresas da Avenida Leitão da Silva e Imediações (Assemples) não consegue estimar os prejuízos causados com os confrontos entre polícia e bandidos, como os que aconteceram no último fim de semana e que terminaram com a morte de um paciente dentro de um hospital vítima de bala perdida. 

Para a diretoria da entidade, o problema é antigo e precisa de ações mais efetivas do Estado. “Nem conseguimos mensurar tanto prejuízo para o desenvolvimento da região. Embora a população esteja refém em qualquer local da cidade, inclusive nas ruas dos comércios de bairros nobres. Estes “eventos” de segurança acabam criando receio na população”, diz a entidade. 

A Associação reconhece que existe policiamento na região e faz um apelo para quem precisa do comércio localizado na avenida. “A Leitão da Silva tem ação constante de prevenção por parte da segurança pública . A população não deve deixar de comprar aqui por conta deste tipo de situação. O que a população precisa é de ação do Judiciário embasada em novas leis que realmente cuidem da população”. 

Além dos problemas causados pelo tráfico, a Assemples revela ainda que o furto de fios e materiais ferrosos vendáveis também preocupa os comerciantes. “Este sim é o problema real na avenida e que parece que ninguém toma providência real. Isto acontece todas as noites, todas as noites e não pontualmente”. 

WhatsApp

Em meio aos confrontos na Leitão da Silva, motoristas de aplicativos são orientados a arem pelo local. “Avisamos nos grupos de WhatsApp quando estão acontecendo essas ocorrências. Na última semana tivemos em Andorinhas e Itararé. Infelizmente a população acaba sendo prejudicada”, lamentou o presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo do Espírito Santo (Amapes), Luiz Fernando Muller. 

Segundo Muller, as corridas em dias de conflito são evitadas para não colocar em risco também a vida dos profissionais. Além disso, em dias normais, o medo também faz parte da rotina dos motoristas. “Existem bairros que só quem roda são os motoristas que moram lá”, revelou. 

Madrugada de caos

Pelo menos três pessoas morreram e veículos foram destruídos nos ataques promovidos por criminosos no último fim de semana, em Vitória. De acordo com secretário de Segurança, Alexandre Ramalho, o primeiro registro aconteceu por volta das 20h de sábado (24) em São Cristóvão. No local, houve um homicídio. Criminosos teriam tentado sequestrar a vítima, que reagiu e foi assassinada no bairro.

Após às 21h, outro crime, desta vez no Morro do Macaco. Durante patrulhamento, houve confronto com a polícia. Um suspeito acabou ferido. Cerca de 2 horas depois, outro crime foi registrado. Um adolescente de 16 anos foi brutalmente espancado em uma escadaria de São Cristóvão. Por volta de 2h30 da madrugada de domingo (25), a avenida Leitão da Silva foi tomada por criminosos. Havia fogo em vários pontos da pista e muitos disparos foram efetuados.

Esse tiroteio atingiu a fachada de prédios residenciais, comércios e o hospital onde o aposentado Daniel Ribeiro Campos da Silva estava internado. Testemunhas contaram que foram momentos de pânico. O secretário de segurança disse que provavelmente o tiro que atingiu o paciente veio de cima do morro.

O que diz a Polícia Militar: 

A Polícia Militar informa que reforçou o policiamento na região dos bairros ao redor da Avenida Leitão da Silva, em Vitória. O reforço do policiamento foi uma das estratégias utilizadas no enfrentamento às ações criminosas ocorridas na noite do último sábado (24) e madrugada do domingo (25). Foram adotadas providências no sentido de garantir a segurança dos cidadãos e coibir ações criminosas na região em questão, sendo utilizados efetivos do Batalhão de Missões Especiais (BME) e Batalhão de Ações com Cães (BAC), militares remanejados do serviço istrativo, escalas de ISEO para militares que estariam de folga, remanejamento de equipes de Força Tática de outras Unidades da RMGV, além estabelecimento de diversos pontos base de policiamento na região.