Justiça determina devolução de arma a PM que matou cão em Guarapari

Churros, da raça Golden, foi morto a tiros por um PM em Guarapari. Foto: Divulgação (Rede Social)

A Justiça do Espírito Santo determinou a devolução da arma do policial militar Anderson Carlos Teixeira, que atirou e matou o cachorro Churros, da raça Golden, em Guarapari. De acordo com o entendimento do juiz Edmilson Souza Santos, da 2ª Vara Criminal de Guarapari, o subtenente da reserva necessita da arma para sua defesa.

“Considerando que o indiciado é policial militar reformado e, em tese, necessita da arma para sua defesa, uma vez que, como cediço, o policial militar combate o crime, via de consequência, a arma de fogo é instrumento de defesa de sua integridade física/vida”, diz um trecho da decisão.

Apesar do relaxamento das medidas cautelares impostas ao militar, ele poderá ser indiciado criminalmente pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e responder a um processo istrativo na Polícia Militar de Minas Gerais, corporação da qual faz parte. 

Os pedidos serão feitos pela deputada estadual Janete de Sá (PSB), que preside a I dos maus-tratos aos animais da Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Na última quarta-feira, ele foi convocado a prestar depoimento na audiência, mas não compareceu. 

O policial terá uma nova oportunidade para apresentar sua defesa. Caso não compareça novamente, a I vai entrar com um pedido na Justiça para que ele seja conduzido pela polícia por meio de um mandado coercitivo. 

Entenda o caso

Anderson Carlos Teixeira é suspeito de balear e matar um cachorro Golden Retriever, chamado Churros, em Guarapari. Foi no último sábado (09).  A tutora do animal, a influenciadora Iasmin Lima Peçanha Avelar, de 32 anos, relatou que eava com Churros quando o cão se aproximou e pulou no policial. O subtenente, claramente assustado, teria ameaçado: “eu vou matar seu cachorro”, efetuando dois disparos contra o animal.

Anderson foi detido em flagrante depois de atirar e matar o cachorro. Ele ou por uma audiência de custódia na manhã do domingo (10), onde o juiz de plantão, Rubens José da Cruz, decidiu pela sua soltura sem o pagamento de fiança.