fbpx

Dia a dia

Justiça britânica decidirá se vai julgar processo que envolve Samarco e tragédia de Mariana

A ação coletiva representa mais de 200 mil indivíduos e organizações e está sendo movida pelo escritório de advocacia PGMBM, que tem sede na Inglaterra

Publicado

em

Rompimento de barragem no distrito de Bento Rodrigues, zona rural de Mariana, em Minas Gerais. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Rompimento de barragem no distrito de Bento Rodrigues, zona rural de Mariana, em Minas Gerais. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Está marcado para esta quarta-feira (22) o início da audiência da ação coletiva contra a mineradora anglo-australiana BHP na Inglaterra a respeito do rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG). O acidente na barragem de rejeitos de minério da mineradora ocorreu há quase cinco anos, deixou 19 mortos e levou destruição com a agem da lama ao longo de todo o leito do rio Doce. A BHP é uma das acionistas da Samarco, junto com a Vale.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

A ação coletiva representa mais de 200 mil indivíduos e organizações e está sendo movida pelo escritório de advocacia PGMBM, que tem sede na Inglaterra e outras cidades do mundo e também no Brasil. Segundo o escritório, a ação busca a indenização para as vítimas do maior desastre ambiental do Brasil, que perderam familiares propriedades, água potável, histórias e muito mais.

A audiência que começa nesta quarta-feira (22) e será realizada em Manchester tem como objetivo a definição se o caso vai seguir tramitando na corte da Inglaterra.  O processo foi iniciado em novembro de 2018 e a ação é no valor de 5 bilhões de libras esterlinas (R$ 33 bilhões). A queixa foi apresentada pelo escritório à justiça inglesa porque a BHP Billiton é uma empresa registrada no Reino Unido.

No Brasil, o processo também corre na Justiça mas até hoje nenhum dos responsáveis foi responsabilizado pelo desastre ambiental e pelas mortes.

Na avaliação da BHP Billiton, os pedidos duplicam questões pré-existentes já andamento no Brasil, ou que estão sendo atendidas por meio do trabalho que é conduzido pela Fundação Renova.

“A audiência em Manchester é uma etapa processual da ação em andamento, momento em que a Justiça inglesa analisará se tem competência jurisdicional para julgar o caso. A BHP reafirma sua posição de que a ação não compete aos tribunais britânicos. Para a BHP, a Justiça brasileira e a Fundação Renova estão em melhor posição para atender aos pedidos que surgem sobre os eventos que ocorreram no Brasil e estão sujeitos à lei brasileira, além de já possuírem considerável experiência em lidar com esses pedidos”, afirmou a empresa.