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Dia a dia

Jovem utilizou arma da PM para cometer ataques em escolas de Aracruz

O rapaz de 16 anos tinha um símbolo nazista acoplado à roupa camuflada que usou no ataque

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O autor do ataque às duas escolas de Aracruz que deixou três mortos e 11 feridos planejava a ação há dois anos. O rapaz de 16 anos é ex-aluno da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti. As informações foram divulgadas em entrevista coletiva da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), na tarde desta sexta-feira (25), no município.

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O adolescente foi apreendido, no início da tarde desta sexta-feira (25), em Aracruz. Ele é filho de um policial militar, usou a arma do pai e, no momento da detenção, não ofereceu resistência e se entregou. Ele portava uma pistola .40 da Polícia Militar e um revólver 38, além de três carregadores. O cerco eletrônico ajudou na prisão do autor do crime.

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Santos Arruda, o suspeito está prestando depoimento oficial. Foi identificado que ele estudou na escola estadual até junho deste ano. Em conversa com agentes, ele relatou ter planejado o ataque há dois anos. O adolescente não revelou a motivação do ataque às duas escolas.

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Depois de dois anos preparando a ação, ele escolheu esta sexta-feira para colocar o plano em prática. Ele usou o carro do pai, tampou a placa para o veículo não ser identificado e foi para a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti. Também invadiu o Centro Educacional Praia de Coqueiral. No total, deixou três mortos e 11 feridos nas duas unidades. Depois da ação, o adolescente retornou para casa e, depois, saiu. A família tem uma segunda casa no município, local onde o autor do crime foi encontrado pela polícia.

Ainda segundo a Polícia Civil, o suspeito, inicialmente, não possuía um alvo definido. “A sala dos professores ficava a 20 metros do portão onde ele entrou. Acreditamos que ele não tinha um alvo definido. Essas pessoas costumam ficar isoladas e se juntar a grupos extremistas. Vamos trabalhar toda a história dele para saber com quem estava se relacionando”, disse o delegado-geral da Polícia Civil.

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O governador do Estado, Renato Casagrande,  confirmou que o rapaz tinha um símbolo nazista acoplado à roupa camuflada que usou no ataque. Pediu que as famílias tenham atenção ao comportamento das crianças e adolescentes. “É fundamental, em uma sociedade tão complexa como a nossa, com tantos fatores externos que influenciam a nossa personalidade. Os pais, os avós, irmãos, devem ficar atentos ao comportamento do seu filho, da sua filha, da sua neta, porque é preciso que haja um tratamento da saúde mental”, afirmou.