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Dia a dia

Investimento não evita transtornos com chuva em Vila Velha

Obras na cidade foram orçadas em mais de R$ 500 milhões

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Sistema de Bombeamento de Águas Pluviais da Grande Cobilândia. Foto: Hélio Filho/Secom

Renato Casagrande e Arnaldinho Borgo na inauguração do Sistema de Bombeamento de Águas Pluviais da Grande Cobilândia. Foto: Hélio Filho/Secom

E a situação se repetiu: moradores de Vila Velha voltaram a enfrentar transtornos com alagamentos em decorrência das fortes chuvas que atingiram a Grande Vitória nesta terça (15) e quarta-feira (16). Muitas ruas foram tomadas pela água, que demorou a escoar. E isso ocorreu mesmo com o investimento parte das obras de macrodrenagem já entregues. O investimento dessas obras estão orçados em mais de R$ 500 milhões e é resultado de parceria entre o município e o governo do Estado.

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A Defesa Civil Municipal registrou alagamentos principalmente nos bairros Santa Inês, Aribiri, Ataíde, Divino Espírito Santo e Cristóvão Colombo. Em Cobilândia, a água tomou conta de ruas e avenidas, causando prejuízos a moradores e comerciantes. E, para eles, a água na altura dos joelhos já não é novidade em dias de chuva forte.

A pergunta que fica é: onde está a eficácia do Sistema de Bombeamento de Águas Pluviais da Grande Cobilândia, constituído pelas Estações de Bombeamento de Águas Pluviais (EBAPs) Cobilândia e Marilândia, inauguradas em julho deste ano? Essas estações deveriam auxiliar na drenagem das águas da bacia do rio Aribiri, beneficiando a região da Grande Cobilândia, Alvorada, Alecrim, Primeiro de Maio, Santa Rita e Ilha da Conceição.

Para a secretária municipal de Obras, Planejamento e Projetos Estruturantes, Menara Cavalcante, apesar dos pontos de alagamentos registrados por moradores e comerciantes, os impactos foram menos graves do que antes das obras de macrodrenagem na região. E ela ressalta que os sistemas, já entregues, deverão atuar interligados e ainda não estão todos em funcionamento.

“Isso não é um projeto isolado. Ele vai funcionar com todo o Sistema de Bombeamento de Águas Pluviais interligado. Atualmente, nós temos isoladamente três estações de bombeamento já entregues: Cobilândia, Jardim Marilândia e Foz do Costa. Mas elas ainda não estão interligadas. Os canais de Vila Velha estão todos interligados e desembocando no mar. Para que isso funcione corretamente, é necessário que todas as Ebaps estejam em pleno funcionamento. E a previsão para que isso ocorra é até 2024”, explicou a secretária.

No total, são nove novas estações que vão se juntar às estações municipais e compor um sistema de interligação, que será ativado por uma central de operação remota. Estão em andamento a construção das seguintes estações: Laranja, Marinho, Aribiri, Bigossi, Parque das Gaivotas e Pontal das Garças.

Os investimentos contemplam também a construção da galeria-dique e do parque linear do canal Marinho, de galerias de águas pluviais na avenida Carlos Lindenberg, das obras de drenagem e urbanização do canal Guaranhuns, de galerias na travessa Belas Artes e rua do Canal, em Aribiri, e de mais de três quilômetros de galerias nos bairros Cobilândia, Nova Itaparica e Jockey.

Ainda de acordo com Menara, o Canal da Costa a por um desassoreamento, assim como outros canais e galerias de Vila Velha. O que antes era de responsabilidade do governo do Estado, ou a ser executado pela Prefeitura Municipal. Com o programa de dragagem, todos os canais e galerias – que já estão interligados -, arão por limpeza, para permitir que a drenagem superficial aconteça e que a água pluvial possa fluir para canais e maré.

A secretária pontua que a expectativa é que o município esteja preparado para as chuvas previstas para o verão no Espírito Santo. Segundo ela, todos os trabalhos estão sendo direcionados para que, até lá, o impacto seja o menor possível para a população.

 

Limpeza da tela de Jardim Marilândia, em Vila Velha. Foto: Divulgação/PMVV

Limpeza da tela de Jardim Marilândia, em Vila Velha. Foto: Divulgação/PMVV

COMBATE AOS ALAGAMENTOS

Piscina encontrada no canal de Itapuã, Vila Velha. Foto: Divulgação/PMVV

A Secretaria de Obras afirma que o trabalho contra alagamentos é realizado de forma preventiva e as equipes de manutenção estão nas ruas para auxiliar no escoamento das águas pluviais, podendo ser acionadas pela população pelo número da Ouvidoria, no 162.

Ainda segundo a secretaria, as atividades de desobstrução das redes de macro e microdrenagem integram os serviços de limpeza, como varrição, capina, carro sugador, caminhão torpedo e obras de reparo das redes. Além disso, também faz parte do planejamento o mapeamento dos pontos de retenção de águas pluviais, para viabilizar obras de manutenção que garantam o direcionamento das águas para o escoamento.

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“Vale ressaltar que, mensalmente, mais de 1,5 mil toneladas de material são coletadas pelas equipes de desobstrução da microdrenagem. Além disso, fazemos operação para o desentupimento nos ramais das caixas-ralos e nos poços de visita, para escoamento da água pluvial. Em ação paralela, a Secretaria de Serviços Urbanos tem dedicado especial atenção à coleta de lixo e entulho descartados incorretamente e que acabam por interromper a agem da água da chuva e prejudicar o funcionamento do sistema de drenagem”, diz nota emitida pela secretaria.

Segundo a istração municipal, são recolhidas diariamente cerca de 7 toneladas de lixo descartado de forma indevida. As ações de varrição evitam que esse lixo se acumule nas caixas ralos e impeçam a agem da água da chuva. Aliado a esse serviço, existe a limpeza das caixas, com a retirada manual de folhagens e lixo que entopem essas estruturas. Ontem, as equipes encontraram uma piscina pequena no canal de Itapuã.