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Incêndio na Cacau Show: 48 horas depois ainda há fogo no local

Já foram utilizados, aproximadamente, 850 mil litros de água. O trabalho segue ininterrupto

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Incêndio na Cacau Show: 48 horas depois ainda há fogo no local. Foto: Ascom/CBMES

O trabalho de combate ao incêndio na Fábrica da Cacau Show em Linhares segue em andamento. De acordo com o Corpo de Bombeiros houve um avanço importante durante a madrugada. Desde as 04h50 da manhã de terça-feira (07) até as 06h30 da manhã desta quinta-feira (09) foram utilizados, aproximadamente, 850 mil litros de água. O trabalho segue ininterrupto.

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Durante a noite e madrugada, as equipes continuaram com monitoramento e combate dos focos residuais em duas frentes, percebendo uma redução nos focos de incêndio. Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, os focos residuais são de queima lenta, o que significa que ainda há emissão de fumaça e é possível observar pequenas chamas, mas que não representam risco de expansão. Neste momento, os principais riscos são de desabamento ou desprendimento de estruturas, o que é comum considerando os danos causados pelo fogo.

O Sistema de Comando em Operações (SCO) instalado no primeiro dia continua ativo, para coordenar e gerenciar as ações de resposta de forma integrada. O efetivo de militares empenhado, assim como o de brigadistas, está sendo reduzido gradualmente, considerando que a fase de combate se aproxima de sua finalização. A equipe do Departamento de Investigação, Pesquisa e Prevenção de Incêndios, responsável pela perícia do local, permanece coletando informações e aguardando a conclusão do combate e rescaldo para entrar na edificação.

O Corpo de Bombeiros realizou uma reunião com representantes da empresa alinhando novas ações de trabalho para hoje e fará uma avaliação da estrutura da edificação, juntamente com a equipe de engenharia da empresa, para, então dar início à fase de rescaldo, que consiste no resfriamento total do ambiente para evitar a reignição. A avaliação também servirá para definir se será liberado o o de funcionários para a remoção de equipamentos e materiais do interior da fábrica.

Dificuldade

Mesmo mais de 48 horas depois do início do trabalho dos bombeiros, as chamas ainda não foram apagadas por completo por conta da dificuldade de terminar o trabalho. O principal motivo dessa dificuldade é por conta dos materiais altamente inflamáveis no local. De acordo com o coronel Scharlyston Paiva do Corpo de Bombeiros, tudo indica que o incêndio começou na área de estocagem, que conta com muito plástico e gordura para preparação do chocolate.

Outra dificuldade é a estrutura que, por conta das chamas, acaba desabando e atrapalhando ainda mais todo o trabalho. “O incêndio é destrutivo demais, ele destrói pelo dano, pelo colapso estrutural”, lembra o coronel.

Uma das maneiras de tentar agilizar o fim do incêndio foi delimitando em pontos para que os bombeiros possam acabar com os focos que ainda existem. De acordo com o coronel Paiva, ainda são três focos de incêndio nos setores norte, sul e leste.

“Por ali mais ou menos [na área sudeste] que está a área de origem do incêndio. A parte de estocagem da empresa. E o incêndio vai por conta dos ventos, que veio empurrando para outros setores, leste e oeste. A gente conseguiu fazer essa contenção”, explicou.