Dia a dia
Há 8 anos sem reajuste, taxistas de Vitória pedem aumento de tarifa
Atualmente, a bandeirada é de R$ 4,44 e o valor do quilômetro na bandeira 1 é de R$ 2,53 e R$ 3,04 na bandeira 2. Na capital, são 625 permissionários de táxi

De acordo com a polícia, seis táxis que estavam estacionados de foram irregular na via foram atingidos pelo acidente. Foto: Chico Guedes
Em oito anos os taxistas que atuam em Vitória enfrentaram a chegada da concorrência dos carros por aplicativo e desde então o valor cobrado pelo taxímetro está congelado. A inflação no período ou 50% e a categoria diz que sofre com aumento do combustível da manutenção dos veículos.
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Por isso, entraram com novo pedido na prefeitura para revisão da tarifa de 150%. Atualmente, a bandeirada é de R$ 4,44 e o valor do quilômetro na bandeira 1 é de R$ 2,53 e R$ 3,04 na bandeira 2. Na capital, são 625 permissionários de táxi.
Segundo o taxista Renyson Nunes, o pedido foi feito pelo Sinditáxi em conjunto com a Associação dos Taxistas do Aeroporto de Vitória. Ele conta que durante os dois anos sem reajuste, a categoria chegou a fazer um pedido de revisão de tarifa pela prefeitura, mas todos foram negados. A prefeitura confirmou que recebeu o pedido e disse que está analisando.
A aprovação da nova tarifa tem que ar pelo Conselho Tarifário, assim como ocorre com a mudança no preço da agem de ônibus. “No transporte coletivo o reajuste é feito pela inflação anualmente e o táxi foi ficando para trás, não acompanhou a economia e inflação”, diz.
Em São Paulo, a categoria ficou sete anos sem aumento e a partir de abril foi decretado aumento na tarifa pela prefeitura. A bandeirada nas categorias comum, preto e especial ará de R$ 4,50 para R$ 5,50. E a tarifa por quilômetro rodado a de R$ 2,75 para R$ 4. A inflação no período foi de 53%.
“Com oito anos de tarifa congelada os taxistas acumulam prejuízo. Houve queda no rendimento no momento em que veio uma concorrência desleal e crise econômica. Muitos tiveram prejuízo e não conseguiram trocar os carros. Antes a prefeitura pedia carro com tempo de uso de 5 anos e agora estendeu para 10, 11 anos. A frota está cansada e não há recurso para comprar carro novo. Com a redução da margem de lucro, muitos profissionais desistiram da profissão”, relata Renyson.
Para o taxista Marcos Junior, que atua há mais de 20 anos em Vitória, uma das principais dificuldades da categoria é o custo de manutenção e combustível, que aumentaram muito, enquanto as tarifas estão congeladas.
“Muitos colegas resolveram parar o carro porque não compensa não dá pra manter a manutenção em dia. Há dois anos você conseguia comprar um carro novo pra trocar por R$ 40 mil e hoje você não consegue por menos de R$ 65 mil. Tem colega trabalhando com carro com mais de 10 anos de praça, aí vem vistoria e a prefeitura não vai deixar o carro trabalhar. Estamos defasados em no mínimo 32%, sem contar o custo geral que não é só a manutenção do carro, mas também o sustentos de nossas família como comida, água, luz, plano de saúde, aluguel. Para quem paga isso tudo subiu e muito no país e a nossa receita nada”, relata.
A prefeitura de Vitória foi questionada por qual motivo os táxis estão há tanto tempo sem reajuste e qual o prazo para avaliação do pedido já feito, mas respondeu quem pode pedir o aumento de tarifa é o sindicato, representante legal da categoria. Esse pedido foi feito em meados de fevereiro e, após a análise, irá para o conselho tarifário.
