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Dia a dia

Governo federal faz acordo para instalar mil radares

Medida vai contra o posicionamento de Bolsonaro. No início, o presidente disse que cancelaria a instalação de 8 mil radares no país

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Radar BR-262 em Viana

Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, diz que os radares que serão instalados são o “mínimo necessário” para manter a segurança nas rodovias. Foto: Chico Guedes

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, anunciou ontem que o ministério fez um acordo na Justiça para manter mil radares em 2.200 trechos monitorados. Segundo ele, a renegociação dos contratos para instalação de radares eletrônicos nas rodovias federais gerou uma redução de praticamente dois terços de seu valor.

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Os contratos, licitados em 2016, ainda no governo Michel Temer, previam a instalação de radares de velocidade em 4.204 pontos de estradas, ao custo de R$ 1 bilhão. No início do ano, Bolsonaro disse que havia mandado cancelar a instalação de 8 mil radares no país – entre novos radares e equipamentos a serem substituídos por outros. No Espírito Santo, a decisão poderia suspender 280 equipamentos que seriam instalados nas rodovias federais. O número de radares a serem instalados por estado ainda não foi divulgado .

O ministro disse que os radares que serão instalados são o “mínimo necessário” para manter a segurança nas rodovias. Os equipamentos serão instalados principalmente nos trechos em que há transição de área rural para urbana e nas proximidades de escolas. “Serão radares bem sinalizados, e o usuário não será surpreendido”, disse. “Não vai ter mais radar escondido, radar que tem objetivo de prejudicar simplesmente o cidadão”, acrescentou.

Tarcísio explicou que os contratos, que somam R$ 1 bilhão, não eram “razoáveis”, já que o contrato para manutenção de toda a malha tem valor de R$ 2 bilhões. “Não é só radar que salva vidas, mas manutenção rodoviária, correção geométrica e sinalização”, acrescentou.

Sobre o projeto de lei proposto por Bolsonaro para rever o Código de Trânsito Brasileiro, o ministro disse que cabe ao Congresso avaliar se a sociedade está pronta para as mudanças sugeridas.