Dia a dia
Funcionária entra na Justiça para “demitir” empresa de Vila Velha
A defesa da funcionária optou por entrar com uma ação trabalhista conhecida como “rescisão indireta”, que funciona como espécie de demissão do patrão

Funcionária entra com ação para demitir empresa. Foto: FreePik
Uma funcionária de uma empresa de gestão de condomínios, localizada em Vila Velha, após sofrer agressão física e verbal, entrou na Justiça para ter o direito de “demitir” a empresa onde atuou durante cinco anos.
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
Segundo o advogado criminalista e especialista em Segurança Pública Fábio Marçal, a ação surgiu depois que a funcionária se recusou a uma advertência. “Este caso aconteceu no início de janeiro. Ela discordou dessa advertência promovida pelo chefe e foi tirar uma foto do documento. Isso despertou a ira do patrão, que quando tentou tirar o celular dela, acabou quebrando o dedo polegar da mão esquerda dela”, explicou.
Segundo o jurista, laudos foram realizados no Departamento Médico Legal, que atestaram a lesão corporal. “Do modo como aconteceu essa lesão física, sem contar as agressões verbais, ela vai ficar 30 dias afastada e, para piorar, terá de ar por cirurgia. Só com esse procedimento haverá a real noção do caso clínico dela. Ela se formou em Enfermagem e, por conta dessa fratura, não pode nem começar um novo trabalho”.
> Você sabia? Veículo sem recall pode ser apreendido e multado
A defesa da funcionária optou por entrar com uma ação trabalhista conhecida como “rescisão indireta”, que funciona como espécie de demissão do patrão por parte do trabalhador. “Nessa situação, comprovadas todas as irregularidades, o funcionário mantém todos os seus direitos”.
> Bazar e brechó: saiba onde vender roupas e órios usados
Marçal também frisou que foi protocolada uma notícia-crime, para que o suspeito seja processado criminalmente, em função da lesão provocada. O advogado lamentou que, mais uma vez, mulheres tenham de lidar com panoramas de agressão. “É absurdo que haja preconceito e atitudes violentas contra a mulher. Com certeza, se fosse um funcionário homem, essa violência não teria sido dessa forma. A mulher acaba sendo discriminada de diversas formas. Lamentavelmente, o espiral da agressão se repete de várias maneiras: no trabalho, em relacionamentos. Isso não pode mais acontecer”, sentenciou.
