Ferragens aparentes na Terceira Ponte não apresentam riscos

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) verificou que as ferragens aparentes no guarda-rodas não apresentam risco eminente para a estrutura da Terceira Ponte. A ação, que teve início nessa terça-feira (3), continuará nesta semana para levantamento de mais dados.

A vistoria foi motivada por denúncias e questionamentos recebidos sobre a veracidade de um vídeo que começou a circular nesta segunda-feira (2) nas redes sociais apresentando possíveis problemas na estrutura da ponte. As imagens mostram as ferragens expostas e em alto grau de oxidação e corrosão.

Após ser acionado pela população e por alguns órgãos da imprensa, o presidente do Crea-ES engenheiro Jorge Silva deliberou uma ação na Terceira Ponte que teve início nessa terça-feira. A equipe multidisciplinar do Conselho, composta por fiscais e especialistas em engenharia, se reuniu, neste primeiro dia da ação, com os engenheiros da a da Terceira Ponte para verificar os projetos de reparo e do plano construtivo da ampliação da via.

“Hoje as condições climáticas não nos permitiram sobrevoar com os drones para levantar mais detalhes da estrutura da ponte. Verificamos que existem armaduras (ferragens) aparentes no guarda-rodas, mas que elas não nos sugerem risco eminente para a estrutura. Nesta semana, vamos, com o auxílio de uma embarcação, verificar as condições estruturais dos pilares, vigas, tabuleiros, aparelho de apoio, e com isso levantar mais dados.”, afirmou o gerente de fiscalização do Conselho, Eng. Leonardo Leal.

Nesta quarta-feira (4), às 7 horas, os especialistas do conselho estarão no o da Terceira Ponte em Vitória para uma nova tentativa de sobrevoo com o drone, às 7h30 da manhã no o por Vila Velha, e às 21 horas, a equipe atuará na parte superior para levantamento de mais dados.

NOTA DA RODOSOL

A respeito do vídeo divulgado na segunda-feira, demonstrando patologias na estrutura da ponte, a RodoSol esclarece que a imagem em questão não representa nenhum risco para a estrutura da Terceira Ponte e para os usuários, sendo uma patologia superficial no concreto já detectada em vistorias realizadas em setembro. Relatório técnico encaminhado para agência reguladora (Arsp), realizado por empresa especializada, conforme normas da ABNT, trata a demanda como não urgente com programação de reparo, agendada em até 12 meses.

Importante ressaltar que o trabalho de manutenção da Terceira Ponte é uma referência e vem sendo realizado conforme cronograma estabelecido ao longo dos 23 anos de concessão, tendo, inclusive, contribuído para dobrar a vida útil da ponte de 50 para 100 anos sem a necessidade de intervenções mais representativas.

As ações de manutenção preventiva e, quando necessário, corretiva incluem toda a estrutura de concreto da ponte com a retirada de amostras, que são posteriormente analisadas em laboratórios técnicos e fornecem dados confiáveis para apontar eventuais necessidades de intervenção. O mesmo acontece com a estrutura metálica.

A RodoSol informa ainda que as atuais estruturas laterais (muretas) da ponte serão retiradas e substituídas para adequação ao projeto de ampliação e construção da ciclovia, que está sob responsabilidade do governo do Estado.

Mesmo assim, toda a manutenção das defensas segue sendo feita de forma a não gerar risco de nenhuma ordem para usuários e cidadãos.

A concessionária reitera seu comprometimento com a segurança e com o cumprimento do contrato e ressalta que segue adotando a postura de se colocar disponível para esclarecer dúvidas de usuários, de órgãos competentes e de entidades especializadas como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea), cujos representantes foram recebidos na manhã desta terça-feira.