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Dia a dia

Familiares protestam contra morte de jovem no Himaba: “era um menino excepcional”

O tio do adolescente conta que ele sonhava em ser jogador profissional de futebol e gostava de cuidar dos animais

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Há uma semana a família de Kevinn Belo Tomé da Silva, de 16 anos, sofre com a morte do jovem sem entender o que de fato aconteceu na porta do Hospital Infantil de Vila Velha. As versões contraditórias que existem em torno do caso ainda não explicam o porquê da espera, por quatro horas, dentro da ambulância e lutando pela vida.

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Em meio à tristeza de perder um filho, sobrinho e primo, a família ainda precisa resgatar forças para pedir Justiça. Força que é recuperada ao reviver as boas memórias que Kevinn deixou para quem conviveu. Kobert Belo, que é tio do rapaz, conta que o jovem era “um menino excepcional, extremamente tranquilo, pacífico e do bem”.

Amante dos animais, o jovem queria ser veterinário ou biólogo. “Ele queria cuidar dos animais que são abandonados na rua. Tinha gatos e cachorros. Quando era criança, brincava de cuidar das formigas no meu quintal”, conta Kobert.

Kevinn estudava e iria trabalhar como menor aprendiz em breve. Envolvido na comunidade, ele participava de uma congregação evangélica do bairro e era o capitão do time de futebol.

“Ele não só amava futebol como era o capitão do time. Foi enterrado com a camisa 11, que usava. A comoção do time foi enorme”, relembra Kobert.

Filho único, Kevinn era muito próximo da mãe. “A palavra é unicidade”, afirma o tio do jovem sobre a relação com a mãe. “A presença dele mudava o ambiente. Tinha um olhar positivo, tudo sempre daria certo pro Kevinn”.

Família pede por justiça

Neste sábado (07), a comunidade de Kevinn realizou um protesto para pedir por justiça. A manifestação aconteceu na Praça Jerônimo Monteiro, em Cachoeiro de Itapemirim.

Entenda o caso

Kevinn Belo Tomé da Silva, de 16 anos, foi transferido de uma UPA em Cachoeiro de Itapemirim com destino ao Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba) em estado grave. Ao chegar em Vila Velha, esperou por atendimento durante quatro horas na porta do hospital e morreu após sofrer três paradas cardíacas.

A Secretaria Estadual de Saúde afirma que Kevinn tinha vaga garantida no hospital e que a equipe médica se recusou a recebê-lo. A Polícia Civil segue investigando o caso.