Dia a dia
Falta de médico e medicamentos gera reclamação em Vitória
Morador reclama de atendimento precário em duas unidades de saúde da capital. A prefeitura reconhece a ocorrência de falta de medicamentos

Paciente reclama de falta de medicamento no PA da Praia do Suá. Foto: Reprodução
Quem precisa de atendimento nas Unidades de Saúde Básicas de Vitória reclama que tem encontrado dificuldades por causa da falta de medicamentos e de profissionais de saúde.
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O morador da Praia do Canto Weber Rocha informou que procurou a USB do Barro Vermelho para fazer o teste de Covid e quando chegou no local, depois de esperar cerca de duas horas, não teve médico para atendê-lo.
Após receber o resultado do teste, foi orientado a procurar o atendimento médico virtual e fazer o agendamento pelo 156.
“Se eu já estou na unidade, gripado, com dor de garganta tem que ter um médico na unidade. É um absurdo isso”, disse.
No dia seguinte ele contou que procurou o Pronto Atendimento da Praia do Suá (PA), onde recebeu o atendimento médico. Ele reparou que a sala estava com mofo na parede e, onde deveria receber o soro, não tinha cadeira.
“Tive que comprar o medicamento que a médica receitou porque não tinha nem no PA e nem na UBS da Praia do Suá. Frequento o sistema de saúde de Vitória há 10 anos e nunca vi esse tratamento. É um descaso com a saúde básica”, lamentou.
A secretária de Saúde do município, Joanna Jaegher, reconheceu que existe o desabastecimento de alguns medicamentos.
“A falta se deve pela demora na entrega e não na compra. Mas tem medicamentos que podem ser substituídos e os médicos são orientados a fazer essa substituição. Nossa missão e oferecer qualidade de vida para o usuário”, explicou.
Sobre a estrutura do PA, a secretária explicou que o prédio foi reformado recentemente e está em constante manutenção. “Infelizmente temos um prédio antigo que, apesar de ter manutenção, eventualmente vai aparecer um mofo ou outro”.
Já em relação à falta de médicos, a secretária esclareceu que não existe uma falta significativa de profissionais. Segundo ela, com a segunda onda da covid-19, cerca de 160 pessoas tiveram que ser afastadas.
“A falta de médicos não é uma rotina. Temos procurado suprir toda a necessidade e, não só de médicos, mas também de toda a equipe para a suprir a necessidade”.
