Estudo da Ufes vai apontar como a covid-19 deve se espalhar na Grande Vitória

Pesquisadores da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) estão desenvolvendo um modelo matemático que pretende simular a disseminação do novo coronavírus nos diferentes bairros da Grande Vitória e, com isso, auxiliar as autoridades na tomada de decisões sobre a necessidade de restrição de circulação de pessoas e de fechamento de comércio, por exemplo.

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O professor do Departamento de Matemática da universidade, Fabiano Petronetto, é um dos responsáveis pelo estudo, ao lado de outros professores do departamento, e conta que, diferentemente das curvas de projeção mais conhecidas, o modelo proposto por eles considera não só a contaminação ao longo dos dias (variável temporal), mas também a particularidade das cidades e dos bairros (variável espacial). “Ele descreve o comportamento, a dinâmica de circulação de pessoas dentro do bairro e entre os bairros. Cada região tem suas particularidades. Então, é esperado que a propagação se dê de maneira diferente em cada uma delas”, explica.

A modelagem, ainda em construção, teve início pelos bairros de Vitória, e a expectativa é que até o final desta semana os pesquisadores consigam apresentar alguns cenários da realidade da Grande Vitória. Mas eles ainda precisam alimentar a estrutura com os dados reais dos casos que estão sendo registrados.

Petronetto alerta para a importância da população seguir as orientações de isolamento social. “Todo mundo precisa entender que essas medidas são necessárias. A gente tem uma contaminação muito grande e vai ter problemas no sistema de saúde”, diz.

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Mas explica que um dos principais objetivos do estudo é permitir uma melhor avaliação dessas medidas e a necessidade de adoção delas em cada região analisada. “Vamos poder fazer esse tipo de análise: como uma certa medida de restrição vai atacar a epidemia em um local e qual a mais adequada para cada uma delas. Pode-se decidir restringir a circulação em uma bairro de uma forma e em outro bairro, de outra forma”, exemplifica. “Estamos estudando as possibilidades de restrição para que as autoridades possam tomar as decisões de maneira eficiente e que minimizem os prejuízos para as pessoas”, conclui.