Dia a dia
Estudantes e professores da Ufes e Ifes fazem protesto nesta 5ª
Ato faz parte de uma série de mobilizações que acontecerão em todo o país sobre o mesmo tema. A concentração será no Teatro Universitário às 16h30

Campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Goiabeiras, Vitória. Foto: Chico Guedes
Estudantes e professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) vão às ruas nesta quinta-feira (9) contra cortes de verbas anunciado pelo governo federal e contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 206, que prevê a cobrança de mensalidades nas universidades federais.
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A concentração para mobilização será no Teatro Universitário, no campus de Goiabeiras da Ufes, em Vitória, às 16h30. Ato faz parte de uma série de mobilizações que acontecerão em todo o país sobre o mesmo tema. O corte na educação promovido pelo governo federal foi de 14,5% da verba usada para despesas de custeio e investimentos na educação, o que representa R$ 31,5 milhões a menos no orçamento da Ufes e Ifes em conjunto, o que afeta principalmente funcionamento presencial, o pagamento de contas como água, luz, telefonia e contratos terceirizados.
O ato é organizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e, no Espírito Santo, tem o apoio da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), do Diretório Central dos Estudantes (DCE), do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe Seção Ifes), e do Sindicato dos Trabalhadores da Ufes (Sintufes).
De acordo com a professora da Ufes e presidente da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), Junia Zaidan, entidade que é uma das apoiadoras do ato, é preciso chamar a atenção da sociedade para a estratégia do governo federal de estrangular o serviço público em todas as áreas, por meio de cortes orçamentários para justificar a privatização como salvadora da pátria.
“Na Educação eles promoveram cortes de recursos que podem inviabilizar o funcionamento das universidades e dos institutos federais. A população precisa saber disso e é nossa responsabilidade denunciar, informando sobre o impacto deste sucateamento na vida de toda a sociedade, uma vez que os cortes influenciam negativamente inúmeros serviços e a formação de profissionais que atuam na ponta do atendimento às pessoas”, disse.
“Ataque”
Junia acrescenta que “não há outro nome para classificar todas as medidas que este governo vem promovendo nos últimos anos que não seja ‘ataque’. Sabemos que o nosso trabalho, baseado em ciência e direcionado para a melhoria da vida das pessoas, incomoda muito este governo negacionista e elitista, e o projeto que ele representa. Basta lembrar que foram profissionais das nossas bases que remaram contra a maré para impedir que a pandemia matasse ainda mais gente no Brasil, apesar da sabotagem do Palácio do Planalto. E os exemplos são inúmeros. Vamos juntos para as ruas defender a educação desses ataques porque trabalhamos diariamente para construir e fortalecer uma universidade popular, gratuita e socialmente referenciada”, explicou.
