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Espírito Santo teve queda de 1,2% no PIB no primeiro trimestre de 2020

Ao comparar com o mesmo período de 2019 a queda foi maior, de 1,7%. O acumulado do produto do interno bruto no estado de janeiro a março foi de R$ 29,9 bilhões

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Apresentação do resultado do PIB do Primeiro Trimestre

O Espírito Santo registrou queda de 1,2% no PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre de 2020, em comparação ao três meses finais de 2019. Ao comparar com o mesmo período do ano ado, a queda foi ainda mais acentuada, de 1,7%. A  contração da economia do Espírito Santo foi quase seis vezes maior do que a do país, que teve redução de 0,3% do PIB no primeiro trimestre. O resultado foi apresentado pelo IJSN (Instituto Jones dos Santos Neves) nesta quarta-feira, dia 17.

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O acumulado do produto do interno bruto no Espírito Santo, de janeiro a março, foi de R$ 29,9 bilhões e o acumulado nos últimos quatro trimestres foi de R$ 125 bilhões. 

A queda da economia foi puxada pelos resultados negativos da indústria, que registrou decréscimo de 13,3%; a indústria extrativa diminui -25,5% no período. Os serviços também tiveram redução de 2,4%. 

O único setor que teve resultado positivo foi o comércio, com crescimento de 4,4%, puxado pelo aumento de 6,4% nas vendas no setor de veículos e peças. Segundo o coordenador de Estudos Econômicos do IJSN Antonio Ricardo da Rocha, mesmo com o crescimento do comércio, é possível notar uma ele vem  desaceleração no comércio, porque antes o setor vinha registrando aumento na casa dos dois dígitos.

“Nesses primeiros três meses do ano, houve queda expressiva em combustíveis (-11%). Por outro lado, o setor de vendas em farmácias cresceu 9%, e os supermercados, 5,1%”, informou.

Na avaliação do presidente do IJSN, Pablo Lira, o resultado negativo do PIB já mostra os primeiros efeitos da pandemia do coronavírus, visto que as atividades começaram a ser paralisadas na segunda quinzena de março. “O estado vinha se recuperando desde 2017, quando chegamos a ter redução de 3,8%. Tínhamos voltado a crescer,  acompanhando o Brasil, mas o crescimento ainda não tinha se consolidado”, comentou.

Para o presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri, os números da economia do estado também foram impactados pelas chuvas de janeiro. “Estávamos com perspectiva de melhorias para depois do Carnaval, como todo ano, mas fomos impedidos pela pandemia que veio logo depois. Isso refletiu nos números. Tivemos queda de 80% nas vendas de confecções em determinadas regiões. Mesmo em dias alternados, o faturamento do comércio caiu de 30% a 35%. Esperamos um retorno a partir de julho para fechar o ano com números melhores”, estima.