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Dia a dia

Escolas de Vitória suspendem aulas presenciais após casos de covid

O Sindicato dos Professor no Estado do Espírito Santo (Sinpro-ES) disse que vem tentando na justiça impedir o retorno às aulas presenciais, neste momento, em defesa e proteção da vida

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A primeira Lei de Newton, a sociedade, o Estado e a economia. Foto: Wokandapix/Pixabay

Sala de aula. Foto: Wokandapix/Pixabay

 

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Ao menos duas escolas particulares de Vitória precisaram suspender as atividades presenciais devido aos casos de covid-19 registrados entre alunos, professores ou funcionários. A reabertura de instituições de ensino no estado foi liberada em 5 de outubro, há cerca de 45 dias.

Devido ao aumento de notificações de casos suspeitos e confirmados de coronavírus de alunos e professores nos últimos dias, o Centro Educacional Leonardo Da Vinci suspendeu as aulas presenciais de todos os segmentos a partir desta sexta-feira (20) por um período de 14 dias. Os alunos seguirão com as aulas remotas.

Na semana ada, o Colégio Renovação, em Jardim Camburi, também precisou ser fechado. De acordo com a diretora, Rafaela Emerick, as aulas foram suspensas após funcionários e alunos, apresentarem sintomas da covid-19. Os colaboradores foram testado e o resultado foi negativo, porém, a escola vai permanecer fechada.

O aumento dos casos na cidade e também no restante do Espírito Santo, entretanto, é fator de preocupação para professores e funcionários, pois apesar das medidas de saúde tomadas por muitos dos colégios, há uma noção de que, fora das escolas, o mesmo pode não estar sendo feito pelos alunos e suas famílias.

“Adotamos a medida preventiva de transparência, responsabilidade e foco no bem-estar e na segurança da comunidade escolar. Esperávamos voltar na próxima semana, porém, com o aumento dos casos no estado, vamos aguardar as decisões da Secretaria da Educação para analisar o retorno das atividades presenciais. Ainda não decidimos uma data”, disse Rafaela Emerick.

A diretora expressou preocupação quanto às famílias que insistiam em mandar para escola alunos com sintomas gripais alegando alergias. Apesar do retorno presencial ter sido adotado pela unidade, a frequência dos alunos estava abaixo do esperado, com apenas 10% dos estudantes no presencial.

O Sindicato dos Professor no Estado do Espírito Santo (Sinpro-ES) foi à Justiça tentar impedir o retorno às aulas presenciais em defesa e proteção da vida. “Foi, no mínimo, uma imprudência retornar as aulas presenciais. Não há segurança para se colocar professores e alunos em sala de aula. Falta um mês para o término do ano letivo e todas as instituições de ensino privadas já estão totalmente adaptadas ao novo modelo de ensino e de trabalho remotos. Esse modelo tem como continuar funcionando até o fim deste ano”, comentou o presidente do sindicato, Juliano Pavesi.

O Sinpro-ES informou que entre as situações que levaram a diretoria a entrar na Justiça antes do retorno das aulas está o fato dos professores possivelmente não apresentarem seus atestados de comorbidade com medo de serem demitidos. E dessa forma, assumirem o risco de entrar em sala de aula. Avalia ainda que protocolos de segurança até podem ser seguidos dentro da instituição, mas fora dela, a situação não é a mesma, tendo em vista que a maioria dos professores utiliza transporte público e podem se contaminar, inclusive, neste trajeto, bem como os alunos.

Pavesi enfatizou, ainda, que é perfeitamente possível retornar às aulas presenciais no início do ano que vem, já com a perspectiva de uma vacina e com toda segurança, porque o mais importante é a preservação da vida de nossos professores, alunos, familiares, funcionários istrativos, enfim, de toda a comunidade escolar e sociedade.