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Escolas da rede estadual receberam 25% dos alunos na volta às aulas

Neste primeiro momento, 314 escolas da rede estadual estão habilitadas a retornarem com as aulas presenciais, incluindo escolas de Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional

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Donos de escolas estão bravos: queriam volta das aulas em setembro. Foto: Pixabay

Sala de aula. Foto: Pixabay

 

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Autorizadas pelo governo do Estado, as aulas presenciais de forma escalonada para os alunos do Ensino Médio das escolas da rede estadual retornaram nesta terça-feira (13). Com base nos Termos de Manifestação de Interesse, assinado pelos pais, a Secretaria de Estado da Educação estima que cerca de 25% dos alunos estiveram presente neste primeiro dia.

O secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, disse que as escolas estão preparados para receber os alunos. Neste primeiro momento, 314 escolas da rede estadual estão habilitadas a retornarem com as aulas presenciais, incluindo escolas de Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional.

A recomendação da secretaria é que as escolas sigam o protocolo estabelecido na Portaria Conjunta Sesa/Sedu, como uso de álcool em gel e máscaras, aferição de temperatura, sinalização de distanciamento dentro das escolas, organização dentro das salas de aulas com nova disposição das carteiras, dentre outras medidas.

Coube às famílias fazer a escolha quanto à presença ou não de seus filhos na escola. Na escola Fernando Duarte Rabelo, no bairro Santa Helena, em Vitória, do total de 230 alunos, compareceram à aula presencial nesta terça-feira apenas 40, que está em regime de revezamento, uma vez que metade das turmas iniciam as aulas presenciais na próxima semana.

“Recebemos um número bem reduzido de alunos, mas nos surpreendeu o cumprimento dos protocolos. A comunidade escolar está consciente das medidas sanitárias. Como trabalhamos em período integral, colocamos um sinal sonoro a cada três horas para lembrar da troca de máscara”, contou a diretora Mayara Cândido, da escola Fernando Duarte Rabelo, que é de tempo integral.

A Sedu lembra que o programa EscoLAR, adotado durante a pandemia da covid-19, seguirá complementando as aulas presenciais e preenchendo o tempo da semana em que não terá aula presencial, com aulas remotas. As Atividades Pedagógicas Não Presenciais (APNPs) permitiram os estudos de forma remota, por meio da transmissão de conteúdos em TV aberta, da utilização da plataforma Google Sala de Aula e do aplicativo do programa cujo o contou com o pacote de dados fornecido pelo governo do Estado.

Sindicato dos professores

Apesar das atividades presenciais terem sido retomadas nesta terça-feira, o diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Paulo Loureiro, frisa que a maior preocupação do retorno das aulas presenciais é com a falta de infraestrutura das escolas.

“As escolas mais novas contam com uma estrutura melhor e podem garantir dispenser de papel toalha, sabonete e álcool. Mas as mais antigas estão sucateadas, muitas vezes os banheiros estão até depredados, será difícil, inclusive, seguir o protocolo de higiene tanto para alunos quanto para os professores e colaboradores”, explicou o diretor do sindicato.

Para Loureiro, manter o ensino remoto até o fim do ano letivo não acarretaria em prejuízo acadêmico. “Serão cerca 30 dias letivos. Não há motivos pedagógicos para o retorno. E a baixa adesão dos alunos neste primeiro dia mostra isso. Ouvimos relatos de escolas que tiveram cerca de 10% e 20% de presença. Não compensa”, disse.