Dia a dia
ES pode não ter vacinas para garantir 2ª dose da Coronavac
A Secretaria de Estado da Saúde já trabalha com a possibilidade não receber novos lotes do imunizante a partir da próxima semana
O Espírito Santo pode interromper o processo de vacinação das pessoas imunizadas com a primeira dose da Coronavac por falta de imunizantes. De acordo com a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), o governo do Estado já trabalha com a possibilidade de não receber novas doses da vacina produzida e distribuída pelo Instituto Butantan, de São Paulo, a partir da próxima semana.
No último dia 7, o instituto anunciou que o envase do imunizante estava paralisado havia 10 dias devido a um atraso na entrega do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) vindo da China para o desenvolvimento da vacina. Nesta semana, o Butantan confirmou a entrega de 3 mil litros do produto e retomou sua operação. No entanto, de acordo com o governo paulista, a próxima remessa encaminhada ao Plano Nacional de Imunização, com 5 milhões de doses, pode ocorrer até a primeira semana de maio.
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“Esse atraso poderá acarretar, ao longo das próximas três semanas, uma suspensão no envio de doses”, disse o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (23).
Àqueles que já foram imunizados com a primeira dose da Coronavac e o prazo para aplicação da segunda está para vencer, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, diz que será preciso esperar mais. “Na próxima semana, existe a possibilidade de não recebermos novas doses da Coronavac. Portanto, esse grupo terá que aguardar a chegada das vacinas para realizar seus agendamentos”.
Prazo entre doses pode ser ampliado
O intervalo entre a primeira e a segunda dose, no caso da Coronavac, é de 28 dias. Porém, segundo o secretário Nésio Fernandes, esse prazo pode ser aumento. De acordo com ele, o Ministério da Saúde já discute o assunto junto ao Butantan e a Anvisa. “Recebemos a informação de que isso já está sendo tratado. Entendemos que seria adequada a ampliação, de pelo menos 14 dias, caso os estudos apresentados e os comitês técnicos consigam subsidiar essa decisão”, frisou o secretário.
Confira na íntegra a coletiva de imprensa
