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Equador: grupo assume assassinato de candidato a presidente

A facção criminosa “Los Lobos” assumiu a responsabilidade pelo assassinato do candidato à presidência do Equador e fez ameaças

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Fernando Villavicencio.

Fernando Villavicencio. Foto: Reprodução

A facção criminosa “Los Lobos” assumiu a responsabilidade pelo assassinato do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio. Em uma gravação divulgada na plataforma “X”, antigo Twitter, homens armados e com rostos cobertos fazem ameaças a outro candidato ao cargo presidencial.

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Identificados pela mídia como a segunda maior organização criminosa do Equador, “Los Lobos” contam com, aproximadamente, 8 mil membros, conforme informações da BBC. Esta facção é vista como uma dissidência de “Los Cocheros”, que opera sob a influência do Cartel de Sinaloa no território equatoriano.

Conhecidos por seu envolvimento no tráfico internacional de cocaína, “Los Lobos” também estão associados a uma série de mortes violentas em prisões equatorianas nos últimos tempos.

Prisões

O Ministério Público equatoriano confirmou, nesta quinta-feira (10), a prisão de seis indivíduos em operações conduzidas nas regiões de Conocoto e San Bartolo, Quito. As detenções ocorrem no âmbito das investigações sobre o homicídio do candidato presidencial Fernando Villavicencio.

Na véspera, quarta-feira (9), um confronto armado entre seguranças pessoais de Villavicencio e um suspeito resultou na morte deste último. O indivíduo, que foi gravemente ferido no tiroteio, chegou a ser encaminhado à Unidade de Flagrantes de Quinto, porém veio a óbito.

Em nota oficial, a autoridade judiciária informou que o corpo do candidato Villavicencio está sendo submetido a procedimentos de autópsia. A família do político se encontra nas instalações médicas, em uma vigília à espera do término dos procedimentos legais.

Estado de exceção

Em reação imediata ao assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, o atual presidente, Guillermo Lasso, declarou estado de exceção no país. Em uma coletiva de imprensa na madrugada de quinta-feira (10), Lasso assegurou que as eleições presidenciais seguirão conforme o planejado para 20 de agosto.

O episódio ocorreu quando Villavicencio, ao sair de um comício em Quito, foi alvo de um ataque a tiros que também deixou nove feridos. Lasso enfatizou que a mobilização das Forças Armadas é uma medida para salvaguardar tanto o processo eleitoral quanto a segurança nacional. “O Equador não se curvará diante dos que tentam aterrorizar nossa nação”, declarou o presidente, reafirmando o compromisso com a democracia e rejeitando qualquer possibilidade de capitulação ao crime organizado.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil expressou, através de uma nota, suas sinceras condolências aos equatorianos, em solidariedade ao momento de dor e reflexão pelo qual a a nação vizinha.