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Entenda os motivos que puxaram a queda na indústria do ES

A Federação das Indústrias do estado aponta dois setores como os responsáveis pela baixa produtividade durante o ano ado

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Petróleo. Foto: Reprodução

A exploração de Petróleo é um dos fatores que puxaram a queda da indústria no ES. Foto: Reprodução

Dados divulgados do Indicador de Atividade Econômica (IAE) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) mostram que, embora a atividade econômica tenha crescido 1% em 2022, a indústria capixaba foi na contramão e apresentou queda de quase 10%.

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Mas que fatores explicam esse saldo negativo? De acordo com a economista-chefe da Findes e gerente-executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva, a queda é puxada principalmente por dois setores. São eles o extrativista e o de mineração, que foram bastante afetados e acumulam quedas ao longo dos últimos sete anos.

“No caso do petróleo, os campos explorados já são maduros e a produtividade vem diminuindo. No caso da mineração, tivemos dois eventos que foram [o rompimento das barragens] de Brumadinho e Mariana. Isso acabou afetando a disponibilidade para os insumos para a pelotização”, justifica a economista.

Ela também comentou o artigo do jornalista Luis Nassif, que apontou uma queda de 46% da indústria no Espírito Santo nos últimos 10 anos. A Findes reconhece os dados, mas afirma que algumas questões devem ser levadas em consideração, principalmente analisando os setores que vem causando essa retração nos últimos anos. “Sem sombra de dúvida, o que esse debate trouxe à luz é que o Espírito Santo acaba sendo suscetível a fatores externos”, pontuou.

Para reverter esse quadro a tarefa não é fácil, mas Findes e Governo já estão trabalhando para amenizar os efeitos da baixa produção tanto do extrativismo quanto da mineração. Marília lembrou que já existe um esforço grande para atrair novas empresas e setores diversificados, além de investimentos em logística e infraestrutura. “Quando eles se desenvolverem, vão reduzir o peso da participação desses setores tão ligados ao mercado externo, ficando um pouco menos volátil”, explicou.