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Dia a dia

Empresários, advogados e PM são alvos de megaoperação no ES

Ação ocorre simultaneamente nos estados do Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais

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megaoperação no ES; operação baeste

Mansão foi revistada e carros de luxo foram apreendidos durante a Operação Baeste. Foto: Divulgação PCEC

Advogados, empresários de diversos setores e um policial militar da reserva são os principais alvos da Operação Baeste, deflagrada pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) na manhã desta quarta-feira (14). A investigação tem como foco o desmantelamento de uma organização criminosa responsável por lavar dinheiro do tráfico de drogas e movimentar valores milionários por meio de um esquema sofisticado e interestadual.

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Ao todo, 20 pessoas estão sendo investigadas, suspeitas de envolvimento em crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de entorpecentes. A ação acontece de forma simultânea nos estados do Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, com o apoio de mais de 100 policiais civis, além das Polícias Civis estaduais, da Corregedoria da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) e da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Espírito Santo (OAB/ES).

Segundo o delegado Alan Moreno de Andrade, coordenador do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), as investigações começaram em 2023 e se basearam na análise detalhada de grandes volumes de dados financeiros e patrimoniais. O grupo utilizava estratégias como o smurfing – pulverização de grandes quantias em contas diversas – além da compra e venda de imóveis e veículos de luxo para ocultar a origem ilícita dos recursos.

Também foi identificada a remessa de dinheiro para áreas de fronteira, com o objetivo de financiar a compra de drogas e armas, o que reforça o vínculo direto da organização com o tráfico internacional.

Armas e munições apreendidas na ação. Foto: PCES

Armas e munições apreendidas na ação. Foto: PCES

Durante a operação, foram apreendidos 12 carros de luxo, cinco armas de fogo, joias, obras de arte, e nove imóveis que tiveram bloqueio judicial determinado. Além disso, foram efetuados 29 bloqueios de contas bancárias, totalizando cerca de R$ 104 milhões em ativos congelados.

A operação foi coordenada pela PCES com apoio da Subsecretaria de Estado de Inteligência (SEI/SESP), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), dos departamentos especializados Deic, Denarc, DEHPP e da Superintendência de Inteligência e Ações Estratégicas (Siae). A estrutura logística contou ainda com o e do projeto I.M.P.U.L.S.E./ENFOC, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.