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Em 30 dias, golpe do bilhete premiado dá prejuízo de R$ 1 mi

A prática de enganar alguém para obter uma vantagem indevida é antiga, mas vem ganhando novas formas, principalmente com a vida on-line

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Roubo de dados. Foto: Reprodução

Golpe do bilhete premiado causou prejuízo de mais de R$ 1 milhão a vítimas de estelionato em 30 dias no Espírito Santo. Os dados foram divulgados pelo titular da Delegacia Especializada em Crimes de Defraudações e Falsificações, delegado Douglas Vieira, em entrevista ao EStúdio 360.

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O delegado comenta que o golpe é dado da seguinte maneira: o criminoso aborda a vítima e diz que está com um “bilhete premiado na loteria”. Afirma, ainda, que o suposto prêmio é de aproximadamente R$ 3 milhões. Para penalizar as pessoas, principalmente idosos, o criminoso diz ser evangélico ou de qualquer outra religião e que a sua “doutrina não permite aquele tipo de benefício relacionado a jogos”.

O criminoso, então, diz para a vítima que está indo a algum lugar para poder trocar o suposto ”bilhete premiado” pela quantia de R$ 300 mil para pagar o tratamento de um familiar. Algumas dessas vítimas se interessam por essa questão do prêmio e outras, não. Aí, entra a participação do segundo homem envolvido, para dar credibilidade ao golpe. Esse segundo criminoso paga R$ 150 mil e diz dividir todo o valor do prêmio com a vítima se ela pagar a outra parte. Esse tipo de golpe se faz principalmente com pessoas mais idosas.

“No estado, vítimas já somaram um prejuízo de mais de R$ 1 milhão. Um idoso chegou a perder R$ 300 mil. Vale lembrar que o estelionatário normalmente é muito bem articulado, convincente e tem boa aparência. O ideal é ficar atento para não cair no golpe. Prevenção é a chave nesses casos. Uma vez que é muito difícil reaver o dinheiro, mesmo com a prisão dos criminosos”, alerta o delegado.

Vieira ressalta que a prática de enganar alguém para obter uma vantagem indevida é antiga, mas vem ganhando novas formas, principalmente com a vida on-line que tem se expandido cada vez mais. Somando a isso a grande quantidade de dados pessoais na rede, disponíveis para criminosos. Os golpes são feitos por meio do WhatsApp, Instagram, e-mail e outros aplicativos.

“Muitas vezes o criminoso não quer nem o seu dinheiro. Ele vai querer o aos seus dados para, posteriormente, abrir contas falsas em bancos, pedir empréstimos, fazer compras. Todo o cuidado é pouco com seus dados, principalmente fotos atualizadas e com documentos. Assim que eles conseguem abrir contas em bancos digitais, fazem diversas dívidas no seu nome, e quando você descobre, o prejuízo é enorme e o transtorno é grande para comprovar que não foi você”, comenta o delegado.

Outro golpe que vem chamando a atenção é do emprego falso. Se você recebeu a mensagem “parabéns, você foi selecionado para um trabalho de meio período online, 300 a 5.000 reais por dia”, ligue o alerta. Depois de induzir as vítimas a clicar no endereço de internet com uma proposta financeiramente interessante, você pode ser redirecionado para uma conversa dentro do WhatsApp com o falso contratante.

Essa nova fase do golpe esconde um esquema feito para roubar dados pessoais e, em alguns casos, até dinheiro de verdade via PIX usando a engenharia social — quando os criminosos convencem as vítimas induzindo-as a fazerem coisas sem que elas perceberem que estão caindo num golpe.

Se você cair em um golpe virtual, você deve buscar fazer ocorrência na Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos. Caso o crime não tenha sido 100% virtual, você deve se direcionar a Delegacia Especializada em Crimes de Defraudações e Falsificações.

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