Dia a dia
Élcio de Queiroz não vai a júri popular e terá proteção familiar
Delação também prevê que ex-PM ficará em penitenciária estadual por mais oito anos

Élcio foi quem dirigiu o carro durante o atentado contra Marielle e Anderson. Foto: Marcelo Theobald/Reprodução
Após aceitar colaborar com a investigação por meio de uma delação premiada sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes, o ex-policial militar Élcio Queiroz obteve benefícios, mesmo após confessar sua participação no crime. De acordo com o acordo homologado pela Justiça, além dos 4 anos de prisão, ele deve cumprir mais 8 anos em regime fechado, totalizando 12 anos de detenção.
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Outra vantagem do acordo é que Élcio não será submetido a um júri popular, diferentemente de Ronnie Lessa. Além disso, ele cumprirá o restante da pena em uma penitenciária estadual, cujo nome não foi divulgado. Hoje, o ex-PM está detido em um presídio federal.
Durante a delação, Élcio itiu que dirigiu o Cobalt prata utilizado no crime, porém atribuiu a Lessa os disparos que resultaram na morte da vereadora e do motorista. Ele também forneceu outros detalhes do atentado.
O ex-PM concordou em colaborar com a investigação após desconfiar de Ronnie Lessa. Lessa teria afirmado que não havia feito pesquisas sobre Marielle, mas Élcio descobriu que isso não era verdade. A polícia encontrou rastros da pesquisa, o que quebrou a confiança entre os comparsas, levando Élcio a decidir falar, conforme relatado pela Polícia Federal.
Outro motivo que o levou a colaborar foi o fato de perceber que o cerco em torno da autoria do crime estava se fechando. “O convencimento do Élcio (para delatar) foi porque o Ronnie garantiu que não tinha feito pesquisa em Marielle e isso gerou desconfiança por parte de Élcio”, disse o delegado Jaime Cândido, da Polícia Federal, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (24).
Durante a delação, Élcio também explicou o envolvimento de Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, e forneceu informações sobre a dinâmica do crime. O ex-bombeiro foi preso na segunda-feira durante a Operação Élpis.
Na delação, Élcio itiu , disse que dirigiu o Cobalt prata usado no crime, mas atribuiu a Lessa os disparos que mataram a vereadora e o motorista. Ele também deu outros detalhes do atentado.
O ex-PM foi convencido a colaborar com a investigação após desconfiar do comparsa.
Lessa teria dito Élcio que não fez pesquisas sobre Marielle. O ex-PM, no entanto, descobriu que o amigo mentiu. A polícia encontrou rastros da pesquisa e, com a quebra da confiança, Élcio decidiu falar, de acordo com a Polícia Federal.
“O convencimento do Élcio (para delatar) foi porque o Ronnie garantiu que não tinha feito pesquisa em Marielle e isso gerou uma desconfiança por parte de Élcio”, disse o delegado Jaime Cândido, da Polícia Federal, durante entrevista coletiva na última segunda-feira (24).
Intermediador
O ex-policial militar Élcio Queiroz revelou a identidade de mais um participante nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, teria atuado como intermediário entre os mandantes do crime e os executores.
Macalé era um sargento reformado da Polícia Militar e foi morto a tiros em novembro de 2021, aos 54 anos, por dois homens em um carro branco na região de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
