É lei: escolas devem ser preparadas para prestar primeiros socorros

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A morte de um menino de dois anos, após se engasgar durante o horário da merenda em uma creche da Serra, reforça a necessidade, já prevista em lei, de ter pessoas no ambiente escolar preparadas para o dar o primeiro socorro. Pela lei Lucas, regulamentada em abril deste ano, todos os trabalhadores de uma escola devem ar por treinamento de manobras de primeiros socorros em caso de algum acidente.

No caso da criança de dois anos, a família contou que, além da demora no atendimento, o menino chegou a ficar uma hora sem respirar. Ele ficou internado por cinco dias em estado grave, mas não resistiu e morreu nesta quarta-feira (17).

Segundo a capitão Andresa, do Corpo de Bombeiros Militar, dentro dos protocolos previstos na Lei Lucas, está a manobra de desengasgo.

“É uma manobra simples, mas que salva vidas. Se ninguém fizer nada, a vítima entra em parada cardiorrespiratória. Temos casos de quedas também. O profissional deve estar habilitado para fazer uma imobilização provisória no caso de faturas ou algum ferimento. Existem casos de convulsões, seja de crianças que possuem epilepsia ou até mesmo convulsão por conta de febre alta”, explica.

A lista é grande de emergências que podem surgir dentro das escolas, principalmente entre alunos menores. As instituições públicas do Espírito Santo am por capacitação para primeiros socorros, procedimento que está previsto no Plano Estadual de Segurança Escolar, lançado no final de abril.

O plano também abrange atenção psicossocial e reforço do policiamento escolar, após recentes casos em que alunos e educadores ficaram vulneráveis à violência.

O curso à distância de primeiros socorros está disponível no site da Secretaria Estadual de Educação, com carga horária de 20 horas. Os que atuam nas escolas devem fazer o curso para, depois, serem submetidos à capacitação presencial do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo.

Lei Lucas

A Lei Lucas (13722/18) obriga as escolas públicas e privadas a se prepararem para atendimentos de primeiros socorros. A legislação foi criada após a morte de Lucas Begalli, de 10 anos, que morreu engasgado com um pedaço de salsicha no ambiente escolar, em 2017.

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