Dia a dia
Dias decisivos para a candidatura de coronel Ramalho ao Senado
Nos próximos dias, partido deve decidir se mantém candidatura avulsa de ex-secretário ao Senado ou se o lança como deputado federal

Coronel Ramalho. Foto: Reprodução
Com 33 anos de experiência na Polícia Militar do Espírito Santo e tendo ado pelo cargo de secretário de Segurança Pública, o coronel Alexandre Ramalho escolheu disputar uma vaga no Senado em sua primeira eleição.
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Para isso se concretizar, os próximos dias são decisivos para o ex-secretário de Segurança. Na sexta-feira (29) o Podemos, partido ao qual está filiado, faz sua convenção. E além de definir os nomes que vão disputar o voto dos eleitores, o partido – presidido por Gilson Daniel – também vai precisar decidir se fica na coligação do governador Renato Casagrande (PSB) ou deixa o grupo para lançar Ramalho em candidatura avulsa.
O motivo do ime é que uma coligação só pode lançar um candidato a senador, e a coligação que vai lançar a reeleição de Casagrande está em aliança até agora para reeleger Rose de Freitas (MDB) para mais oito anos no Senado.
Em entrevista ao Estúdio360 2ª Edição, nesta quarta-feira, coronel Ramalho afirmou ter dificuldade de aceitar “descer” na disputa, o que significa disputar um cargo como de deputado federal e explicou como vai convencer o partido a manter a sua candidatura.
“Com muita humildade. Antes de 2 de abril (data de saída do cargo para concorrer às eleições) deixamos com clareza que temos um projeto dentro do campo da segurança. São 33 anos na PM com muito sofrimento e legislação que não ajuda na ponta e isso tem que ser tratado em Brasília”, disse.
Sobre não aceitar tentar vaga de deputado federal, ele afirmou que não desiste do Senado “nem por prepotência e nem birra”. “O que ocorre é que nesse período desde 2 de abril a mensagem que venho trabalhando e conversando com as pessoas. Tenho dificuldade de descer e desfazer o que pactuei nesse período. A decisão foi minha. Identificamos no Senado a oportunidade de colocar o nome num grupo menor de pessoas que estão concorrendo e que a população decida”, afirma.
Tendo a segurança pública como principal bandeira para discussões em Brasília, Ramalho elencou algumas de suas propostas para o setor. Uma delas é a redução da maioridade penal, outra seria mudanças na saída de presos em datas comemorativas.
“Não dá para itir que jovens cometam crimes bárbaros e em 3 anos saiam com a ficha limpa. Hoje um jovem de 15 ou 16 anos não pode alegar desconhecimento. Tem que responder de igual maneira e pagar”, defende.
Afirmando ser eleitor do presidente Jair Bolsonaro, Ramalho diz acreditar que seja compatível apoiar a reeleição do presidente ao mesmo tempo do governador Renato Casagrande, que já declarou voto no ex-presidente Lula.
“Sou eleitor de Bolsonaro. Me identifico com pautas deles como família, religião, civismo e bons costumes. Acredito ser compatível. Estamos falando do desenvolvimento do Brasil e do Espírito Santo. São pautas que caminham juntas, mas dentro da perspectiva do que eu penso que é melhor. Tendo feito parte do governo Casagrande sei dos seus ideais e comprometimento e acompanhando a distância o governo Bolsonaro acredito na boa vontade dele por um país melhor”, frisa.
