Dia a dia
Dia internacional do Café. Lotes especiais conquistam o mercado
Seja em cafeterias, seja em clubes de s, capixabas apostam em microlotes exclusivos para ter uma experiência única com a bebida

Vagner Uliana oferece um coffee tour na propriedade da família para que visitante conheça produção de microlotes de cafés. Foto: Divulgação
O Brasil é o segundo país que mais consome café no mundo. Com 13% da média mundial, o país perde apenas para os EUA, segundo pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Seja por conta dos ganhos econômicos, seja pelo prazer proporcionado pela bebida, produtores e consumidores têm motivos para festejar esses números hoje, quando se comemora o Dia Internacional do Café. E para dar ainda mais sabor a essa paixão aqui no estado, alguns produtores e empresários têm apostado no maior o a microlotes do grão. As porções superexclusivas e limitadas são pensadas do cultivo até chegar à xícara. Os grãos costumam representar de 2% a 5% da área plantada e podem representar de duas a cinco sacas, que têm atenção especial em todo o processo.
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“Permitimos que o nosso cliente conheça todo o processo do café. Ele vai andar pela propriedade, visitar todo o processo até chegar ao resultado final, que é na xícara. Isso agrega valor ao produto”, explica o barista e produtor de microlotes de cafés especiais Vagner Uliana sobre o coffee tour feito na cafeteria e propriedade da sua família, a Heiman Coffee, na Rota do Lagarto, em Pedra Azul.

A secagem do café é feita de maneira controlada dentro de uma estufa na propriedade da família de Vagner Uliana. Foto: Divulgação
Para atender a esse novo mercado, o proprietário do Cosmô Pizza Delli Café, Marcelo Netto, afirma ter uma carta de cafés especiais escolhidos a dedo, com oito tipos diferentes de extração.
“A ideia é dar ao cliente uma experiência degustativa única. Ele vai escolher o café e a extração. A partir disso, todo o processo do preparo da bebida será feito na mesa. É todo um ritual”.
Outra curiosidade, segundo Netto, é que a partir de um mesmo grão é possível obter vários resultados e aromas, por meio dos tipos de equipamentos de filtragens e extração.

Processos de filtragens podem revelar resultados diferentes de um mesmo grão. Foto: Divulgação
A crescente demanda por grãos diferenciados foi a alavanca para que um grupo criasse um clube de de cafés especiais, o Have a Coffee. “Todos os meses os s recebem kits de cafés especiais dos estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, com uma seleção exclusiva direto do produtor. A ideia é proporcionar uma experiência exclusiva”, afirma o empresário Guilherme Loureiro, um dos cinco sócios da empresa.
Desse cenário, surgiu o Coletivo Café – um dos braços de atuação da Have a Coffee -, que promove a troca de experiências entre produtores, torradores, baristas e profissionais especialistas da área, por meio de oficinas, palestras e cursos para aprofundar o conhecimento do produtor de café.
O café em números
Produção de cafés especiais:
– A produção no Brasil ou de 5,2 milhões de sacas, em 2014, para 10 milhões em 2018.
Exportação e consumo no Brasil:
– O consumo de cafés especiais no Brasil apresentou crescimento de 15% a 20% ao ano de 2016 até hoje. Em 2018, o consumo foi levemente superior a 900 mil sacas.
– As exportações em 2018 corresponderam a pouco mais de 9 milhões de sacas de cafés especiais.
– Para 2019, acompanhando o recuo na produção, a BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais) estima que as exportações devem ficar entre 6 e 7 milhões de sacas.
Produtores de cafés especiais:
– Os produtores de cafés especiais respondem por um volume de 15% a 20% da produção total cafeeira no Brasil.
Os dados são da Associação Brasileira de Cafés Especiais
