Dia a dia
Deputados do Espírito Santo denunciam secretário da Saúde ao MPT
O objetivo dos parlamentares é que sejam tomadas providências civis criminais devido às condições encontradas na unidade hospitalar

Imagem do Hospital Dório Silva anexada à representação enviada ao MPT. Foto: Divulgação
O grupo de cinco deputados estaduais que realizou a visita ao hospital Dório Silva, na Serra, na semana ada, apresentou na quarta-feira (17) uma representação no MPT (Ministério Público do Trabalho) contra o secretário de estado da Saúde, Nésio Fernandes. O objetivo dos parlamentares é que sejam tomadas providências civis criminais devido às condições encontradas na unidade hospitalar. Assim a representação os deputados Carlos Von (Avante), Delegado Danilo Bahiense (PSL), Delegado Lorenzo Pazolini (Republicanos), Torino Marques (PSL) e Vandinho Leite (PSDB).
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Durante a visita dos deputados, na última sexta-feira (12), foram verificadas, segundo os parlamentares, irregularidades e possíveis infrações trabalhistas. Dentre elas, um panorama em que “servidores públicos ou terceirizados, colaboradores do hospital, estão sendo compelidos e obrigados a realizarem o repouso obrigatório para descanso ou alimentação, em local inadequado e inapropriado”, segundo o documento.
O documento é acompanhado de uma foto, enviada e denunciada pelos próprios funcionários do hospital, na qual colegas deitados em papelões, próximos a contêineres. De acordo com grupo parlamentar, foram coletados relatos e provas que comprovam a transgressão trabalhista.
Os parlamentares alegam também, a partir da foto anexada, a existência de assédio moral, exposição a acidentes de trabalho, bem como falta de zelo para com a higiene e de condições para os locais de alimentação dos trabalhadores.
Visita polêmica
A visita que baseia a elaboração da representação gerou polêmica no final de semana, visto que foi realizada no dia seguinte à fala do presidente Jair Bolsonaro que incentivou em live que as pessoas deveriam invadir hospitais para checar se leitos estão ocupados. O ministro do STF Gilmar Mendes chegou a classificar a invasão a hospitais como crime.
Na época, o deputado Lorenzo Pazolini disse que a visita foi feita após receberem denúncias sobre as condições de trabalho. Segundo publicou o deputado, não foram encontrados leitos de UTI desocupados. No sábado (13), a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) repudiou a visita dos deputados ao hospital, devido à quebra do protocolo sanitário e do risco a pacientes e servidores.
A Sesa foi procurada para comentar a representação aberta no MPT, mas ainda não deu retorno.
Em atualização.
