Dia a dia
Depressão já atinge mais mulheres em Vitória que diabetes
Segundo levantamento realizado pelo ministério da Saúde, 15,7% das moradoras da capital receberam diagnóstico de depressão e 10,9% de diabetes

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A depressão atinge um percentual maior de mulheres em Vitória do que a diabetes. Segundo o Vigitel 2021, levantamento realizado pelo ministério da Saúde, 15,7% das moradoras da Capital receberam diagnóstico de depressão e 10,9% de diabetes. Nos dois casos, os índices estão acima da média nacional, que é de 14,7% e 9,6%, respectivamente. Entre os homens que moram em Vitória, esses índices são bem menores: 6,3% e 5,3% .
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O psicólogo e colunista da BandNews FM Alexandre Brito explica que o fato de uma doença crônica do corpo ter uma incidência menor do que uma enfermidade da alma mostra a importância da atenção ao aspecto psicológico. “Em geral, as mulheres sofrem mais com desgaste psicológico que os homens, porque são mais exigidas socialmente para equilibrar trabalho, maternidade e cuidados com a aparência”.
Brito diz que a depressão entre as mulheres foi acentuada pela pandemia de covid-19. “O acúmulo de tarefas pelas mulheres provocado pela doença levou a um desgaste físico e psicológico que agravou o quadro depressivo e de ansiedade. Também é preciso ressalta o machismo e a violência doméstica. Sem falar na exigência maior de cuidados com o corpo, a aparência, o modelo ideal de beleza”.
Sinais de depressão
Segundo o especialista, a depressão provoca alterações no comportamento, como isolamento, perda de interesse em atividades, redução do desempenho no trabalho ou escola, dificuldades de relacionamento, impaciência e irritabilidade. Também existem sintomas físicos, que incluem falta de energia, fadiga, que na libido, excesso de sono ou dificuldade para dormir, baixa tolerância à dor e alteração de apetite. Há, ainda, sintomas psicológicos: sentimento de culpa ou de inutilidade, ansiedade, baixa autoestima, tristeza persistente, falta de esperança e pensamentos suicidas.
A base do tratamento inclui psicoterapia, com acompanhamento de um profissional da psicologia, e o uso de medicamentos, o que requer a consulta com um médico psiquiatra.
