fbpx

Dia a dia

Covid-19: funcionários dos Correios cruzam os braços em Vila Velha

Após terceiro caso da doença, trabalhadores do Centro de Distribuição de São Torquato denunciam quebra de protocolo criado pela empresa

Publicado

em

Após terceiro caso da doença, trabalhadores dos Correios do Centro de Distribuição de São Torquato, em Vila velha, denunciam quebra de protocolo criado pela empresa. Foto: Divulgação

Após terceiro caso da doença, trabalhadores dos Correios do Centro de Distribuição de São Torquato, em Vila velha, denunciam quebra de protocolo criado pela empresa. Foto: Divulgação

Funcionários dos Correios que trabalham no Centro de Distribuição de São Torquato, em Vila Velha, cruzaram os braços na manhã desta quinta-feira (25). A categoria critica a quebra de protocolo criado pela própria empresa após a terceira confirmação de covid-19 na unidade, localizada próximo ao terminal do sistema Transcol, região de grande circulação de pessoas.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

O primeiro desses três casos ocorreu entre o final de abril e o início de maio. “Na ocasião, os trabalhadores mais próximos do colega que testou positivo foram dispensados para realização de exames e afastados por 14 dias em quarentena. Além disso, realizaram a sanitização do Centro de Distribuição. Acontece que esse mesmo protocolo não está mais sendo respeitado”, disse um funcionário da unidade que não quis se identificar.

De acordo com denúncia, em meados de maio surgiu o segundo caso de contaminação. “Naquele momento, já não fizeram testes no restante da equipe e fomos afastados por dois dias para a sanitização. E agora, no terceiro caso, a situação é ainda pior. A empresa soube na quarta-feira (24) pela manhã que o funcionário estava infectado, mas só fomos comunicados no final do expediente. Nos pediram, inclusive, para retornar ao ambiente contaminado para trabalhar nesta quinta até as 13h, com retorno previsto na segunda-feira (29) para a sanitização do espaço”, relatam os funcionários.

O descaso, segundo o grupo, ainda se repete em outras unidades dos Correios. “O Centro de Distribuição de Santa Mônica está fechado. Um colega teve que ser internado em decorrência do novo coronavírus. Mesmo assim, querem que os demais funcionários retomem às suas atividades sem a realização de qualquer exame”.

Terceirizados são obrigados a trabalhar

Entre os funcionários que cruzaram os braços estão carteiros e operadores de triagem e transbordo concursados pelos Correios que aguardam um desfecho para a retomada do expediente. No prédio, no entanto, equipes de limpeza terceirizados são obrigados a trabalhar. “A situação deles é ainda mais grave e eles não podem sequer se manifestar. Estamos às cegas sem saber se estamos doentes e a empresa se recusa a prestar a devida assistência a todos que trabalham no mesmo ambiente”, critica um dos manifestantes.

Os Correios foram procurados, mas ainda não comentaram o caso.