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Dia a dia

Comércio do Espírito Santo estima perda de R$ 3 bilhões

Cálculo foi feito durante o período de 15 de março a 10 de maio. Fecomércio diz que modalidades como delivery e vendas pela internet não foram capazes de suprir as vendas presenciais

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Durante as sete semanas que o comércio ficou de portas fechadas como medida de contenção do novo coronavírus, o setor comercial do Espírito Santo estima ter perdido R$ 3 bilhões em faturamento, considerando o período de 15 de março a 10 de maio. O levantamento foi feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e os dados divulgados pela Fecomércio (Federação do Comércio do Espírito Santo). Mesmo a proibição do comércio tendo ocorrido a partir de 20 de março, a entidade considerou o período a partir de 15 de março porque já tinham notado queda no movimento.

Ruas da Praia do Canto, em Vitória, permanecem vazias nesta quarta-feira (25). Foto: Chico Guedes

Ruas da Praia do Canto: perda de faturamento com isolamento social. Foto: Chico Guedes

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Segundo a entidade, as medidas alternativas de vendas pela internet, entregas e retiradas não foram capazes de preencher o espaço das vendas presenciais. “Somam-se a isso os reflexos da retração da renda da população e o medo ou a perda efetiva dos empregos, o que a leva a consumir produtos mais essenciais”, afirma a entidade.

O governador Renato Casagrande autorizou a reabertura do comércio de forma gradual e alternada a partir da última segunda-feira (11).

Brasil

Ainda segundo estimativas da CNC, em todo o Brasil, o comércio acumulou a perda de R$ 124,7 bilhões em sete semanas, uma retração de 56% no faturamento do setor em relação ao período anterior à pandemia.

E ainda conforme os estudos da CNC, a persistência do cenário atual tem potencial para eliminar cerca de 2,4 milhões de postos de trabalho em todo o Brasil em um intervalo de até três meses. A concretização desse número dependerá de como as empresas reagirão à evolução da situação da pandemia e outras medidas nas próximas semanas.

Queda do volume de vendas

Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada em 13 de maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em março, o volume de vendas do comércio capixaba () recuou 2,5% na comparação com fevereiro, representando a primeira queda para um mês de março em quatro anos. Considerando o volume de vendas do comércio ampliado, que incorpora os resultados dos segmentos automotivo e de materiais de construção a retração foi de 7,9% em relação ao mês anterior, maior queda para meses de março de toda a série histórica (iniciada em 2003) nessa comparação.

Em relação ao mesmo mês do ano ado, as vendas no comércio caíram 4,4% e o que se observou foi que os segmentos denominados essenciais evitaram um tombo ainda maior do volume de vendas nessa comparação. Para se ter uma ideia o setor de supermercados e hipermercados cresceram 10,8% e o de artigos farmacêuticos e médicos cresceu 14,5% no mês quando comparados ao mesmo mês em 2019.

Lembrando que os primeiros vinte dias de março ainda foram de vendas, com o decreto estadual para o fechamento de estabelecimentos comerciais no Espírito Santo valendo a partir do dia 21 de março. Sendo assim, quedas maiores deverão ser esperadas para os meses seguintes, especialmente abril.