fbpx

Dia a dia

Com capixaba, Brasil conquista ouro inédito na ginástica rítmica

A ginasta capixaba Sofia Madeira integra a equipe que conquistou o 1º lugar no pódio na prova de cinco arcos no Challenge de Portimão, em Portugal

Publicado

em

Conjunto do Brasil de ginástica rítmica conquista ouro inédito. Foto: Divulgação/CBG

Conjunto do Brasil de ginástica rítmica conquista ouro inédito. Foto: Divulgação/CBG

Com o talento da ginasta capixaba Sofia Madeira, a equipe brasileira de ginástica rítmica escreveu um novo capítulo na história do esporte. Ao som de “I Wanna Dance with Somebody”, de Whitney Houston, o Brasil conquistou pela primeira vez o ouro numa etapa da FIG World Challenge Cup, neste domingo (07), em Portugal. O grupo composto também pelas atletas Duda Arakaki, Nicole Pircio, Giovanna Silva, Victória Borges e, como reserva, Julia Kurunczi levaram o título da prova de cinco arcos do Challenge de Portimão.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

As ginastas alcançaram a nota 34.600, superando as duas potências Espanha, com (34.450), e as favoritas italianas, com (33.800). O conjunto praticamente cravou a série da final, acertando todas as colaborações de aparelhos e deixaram a quadra comemorando. Ao ver a nota as ginastas vibraram muito.

A treinadora Camila Ferezin ressaltou toda a trajetória das meninas e esforço das atletas. “Estamos muito felizes, por toda a trajetória nesta competição. Não competimos bem no geral, o que abalou o grupo, porque treinamos muito, e mesmo assim apresentamos falhas em demasia. Ontem, ficamos até 1h da manhã conversando. Disse às atletas que a final do conjunto simples era a nossa última chance. Era como um leão caçando na savana. Ou abatíamos uma presa ou morreríamos de fome. Felizmente, elas conseguiram fazer uma apresentação sem erros visíveis. A gente sabe que, se não falharmos, vamos ao pódio. Hoje, no caso, além disso, ainda conseguimos o ouro, o que não esperávamos, porque foi a vez de a Itália errar. Certamente, esse resultado vai fortalecer a confiança de todas, para nos mantermos firmes nessa caminhada”, disse a treinadora.

A capixaba Sofia está sendo poupada nas apresentações, mas participou na série de cinco arcos. A treinadora ainda explicou sobre as dificuldades enfrentadas pelo grupo. “A Sofia Madeira não está 100% e tem treinado só em um período. Para poupá-la, nós a colocamos só na série de cinco arcos. Na outra série, utilizamos a Julia, e é normal ter problemas de sintonia e de execução com uma ginasta nova. Hoje, elas acertaram tudo. Quando apresentamos a coreografia toda limpa, somos uma equipe muito competitiva”, disse.

A viagem até Portimão

O caminho até o final feliz começou conturbado. A jornada até Portimão levou quatro dias para serem completados. Houve o cancelamento de diversos voos da companhia aérea TAP devido a uma greve. A equipe então viajou de carro de Aracaju até Salvador. E lá na capital baiana receberam a notícia do cancelamento do voo. Então, elas voaram até São Paulo, e lá conseguiram um voo até Amsterdã e lá, finalmente, conseguiram viajar para Lisboa.

“Foi uma saga a nossa viagem. Normalmente chegamos com antecedência e realizamos treinos no local da competição desde a segunda-feira, para adaptação. Fizemos alguns alongamentos e treinamentos preventivos em aeroportos para não termos problemas. Toda essa dificuldade deu um sabor ainda mais gostoso à conquista, e ar por cima de tudo isso torna a gente ainda mais forte”, arremata a treinadora Camila.

Ponderando sobre o significado da conquista, Camila observou que o Brasil superou vários concorrentes que se situam em seu mesmo escalão técnico, como França, Espanha e Azerbaijão. “É uma etapa da Challenge Cup e nem todas as equipes disputam todas. Entre os adversários fortes, ficaram de fora Israel e China, além da Bulgária, que não vem em grande fase. Mas a gente olha para a nota e ela é alta em qualquer competição. Nesta etapa, a banca foi muito criteriosa. Por tudo isso, esse é um grande resultado sim para a GR do Brasil”, diz a chefe da comissão técnica.

Etapa Individual

No individual, Geovanna Santos, a Jojô, fez uma apresentação vibrante, ao som de “Rajadão”, de Pablo Vittar. Uma falha na recuperação da fita, no final da apresentação, no entanto, acabou por reduzir a nota. Sua pontuação de 28.400, rendeu a capixaba a sexta colocação.