Dia a dia
Cinco toneladas de café de má qualidade são apreendidas no ES
Além de milho, foram encontradas cascas e paus junto aos grãos, além do alto teor de umidade e irregularidades na rotulagem

Polícia Civil apreende 5 toneladas de café de má qualidade à venda no ES. Foto: Divulgação/Polícia Civil
Uma nova ação da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em conjunto com a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa (ALES) apreendeu, nessa terça-feira (18), mais de 12 mil pacotes de café de três marcas, que apresentaram irregularidades na composição e rotulagem. Segundo a Polícia Civil, foram recolhidas cerca de cinco toneladas do produto.
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Na semana ada, uma primeira ofensiva dos órgãos apreendeu mais de 28 mil unidades de cafés, cerca de 10 toneladas, de três marcas que apresentaram diversas irregularidades, incluindo a mistura de grande quantidade de cascas e paus aos grãos, alto teor de umidade e irregularidades na rotulagem.
Desta vez, a ação ocorreu em sete municípios. Enquanto a Decon e a Comissão de Agricultura atuaram em Cachoeiro de Itapemirim, a Superintendência de Polícia Regional Norte (SPRN) coordenou ações nos municípios de Linhares, Aracruz e João Neiva. As Delegacias de Polícia de Iúna, Ibatiba e Marechal Floriano também deram apoio, em seus respectivos municípios.
De acordo com a Polícia Civil, a uma das marcas apreendidas em Cachoeiro de Itapemirim misturava milho ao café. Nas demais cidades, foram fiscalizados estabelecimentos comerciais que poderiam estar vendendo algumas das marcas retiradas da Grande Vitoria na semana ada, sendo encontrados e apreendidos pacotes de duas dessas marcas.
Segundo o delegado titular da Decon, Eduardo amani, tanto os fabricantes quanto os estabelecimentos que comercializavam os produtos serão investigados. “Contra os fabricantes está sendo instaurado uma investigação criminal para apurar a responsabilidade. No caso dos supermercados vamos apurar se eles foram coniventes ou não. A princípio, afastamos essa responsabilidade dos estabelecimentos comerciais por entender que não houve má fé, mas a investigação vai prosseguir”.
Caso alguém tenha alguma desconfiança do produto adquirido, o delegado afirma que denúncias podem ser feitas pelo telefone 181. “Vamos coletar amostras para análise. Quanto a embalagem, sempre pedimos que seja verificado a origem da fabricação, lote e data de validade. Vários dos produtos apreendidos possuíam essas irregularidades. Quando faltam dados básicos, pode desconfiar. E caso tenha adquirido, procure o estabelecimento comercial que ele é obrigado a realizar a troca. Caso contrário, procure o Procon ou uma delegacia de polícia”.
