Dia a dia
Chef distribui marmitas para moradores de rua
Após uma postagem nas redes sociais, o projeto ganhou força e cerca de 100 marmitas serão distribuídas por semana

Gustavo Correa. Foto: Reprodução/Instagram
Durante a pandemia do novo coronavírus, atos de solidariedade e empatia tornaram-se ainda mais essenciais. Com a crise na economia e aumento do desemprego, falta o básico e muitas pessoas ou mesmo famílias acabam indo viver nas ruas. E em meio a esse triste cenário, tem pessoas que inspiram na prática do bem e da generosidade. O chef de cozinha Gustavo Corrêa é dessas figuras que arregaçam as mangas e fazem a diferença.
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“As ruas estão repletas de pessoas com placas escritas: ‘estou com fome’. Isso me desperta sempre a vontade de ajudar, mas acabava deixando para depois. Na última semana eu resolvi produzir algumas marmitas por conta própria e na minha cozinha. Eu mesmo rodei por algumas ruas de bairros próximos em Vitória para distribuí-las à quem precisa. Após falar sobre isso nas redes sociais, recebi apoio de muitas pessoas, que de forma espontânea, se dispam a me ajudar”, disse Correa.
A vontade era uma só: ajudar a quem precisa. Ter marmitas prontas, dentro do carro, para entregar àqueles em situação de vulnerabilidade nos percursos do dia a dia. Mas boas ideias são abraçadas. Após uma postagem nas redes sociais, o projeto ganhou força e doações para crescer. A expectativa agora é produzir e distribuir cerca de 100 marmitas por semana.
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“Dias atrás escrevi nas redes sociais sobre minha vontade de poder minimizar a fome que infelizmente assola o nosso país. Após a manifestação do meu desejo, sem que eu pedisse nada, várias pessoas se apresentaram para me apoiar e conseguimos formar uma linda rede. E é uma ajuda a longo prazo. Nem posso mais aceitar doação. Mas quem quiser ajudar também, pode deixar o alimento no carro e dar para alguém que precisa, o que não faltam são pessoas pedindo nas ruas”, comenta Correa.
A Pastoral do Povo da Rua, da Igreja Santa Clara, que já trabalha com pessoas em situação de vulnerabilidade social, abraçou o projeto e fará a distribuição das marmitas uma vez por semana. A ideia é que essa distribuição seja feita ao menos três vezes na semana.
“A caridade deve ser anônima. Do contrário é vaidade”. Quem nunca ouviu esse ditado? Mas o momento que vivemos exige alta dose de solidariedade. Por isso, é preciso resgatar o orgulho do ato de doação. Queremos estimular a cultura de doação e tirar o doador da sombra. Ou melhor, convidar o doador a sair da sombra. Precisamos celebrar a empatia e mostrar o poder de transformação que as doações têm quando feitas em conjunto.
