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Dia a dia

Casagrande fará reunião de emergência em busca de ‘pacto’ contra pandemia

Governador fala em “noite de muita pressão” e vai se reunir com entidades empresariais e da sociedade para definir medidas mais duras contra a covid-19

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O governador Renato Casagrande vai se reunir nesta segunda-feira, dia 15, com representantes de vários setores econômicos e de entidades da sociedade civil para discutir medidas mais duras de combate à pandemia. Casagrande citou a elevação no número de atendimentos pelo sistema público de Saúde, com a ocupação de leitos de UTI para pacientes de covid-19 ter ultraado a barreira dos 88% na noite de domingo, dia 14, e também o fato de as últimas horas terem sido “de muita pressão” nos hospitais do Espírito Santo, tanto na rede pública quanto na particular. “Vamos conversar em busca de um pacto com a sociedade”, afirmou Casagrande.

“Estamos sofrendo uma demanda muito forte. E por conta disso teremos de fazer uma reflexão sobre as medidas que teremos de tomar. O Centro de Controle está se reunindo agora, o gabinete de crise rápida está reunido. Todos precisam entender algo: nós temos uma situação diferente daquela que a gente vivenciou nesse período todo da pandemia. Isso exige um posicionamento mais firme. Vou me reunir com os chefes dos poderes hoje. Vou me reunir com as entidades empresariai, com entidades ligadas a sociedade, como as igrejas, para explicar a situação e tomarmos medidas que preservem capacidade nossa de atender os pacientes”, disse o governador.

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A afirmação foi feita após a entrega de mais 18 leitos de UTI para paciente de covid-19 no hospital Dório Silva. O governo também entregará hoje mais 22 leitos em São José do Calçado, no sul do estado. Com essas entregas, o sistema de saúde estadual ará a contar com 764 leitos de UTI para covid. O objetivo é chegar a 900 leitos em abril.


“Fique em casa”

Apesar da entrega, o governo alerta para a necessidade de as pessoas ficarem em casa, manterem o isolamento. “Abrir leitos não resolve. Pelo nosso levantamento, já temos o maior número de leitos por habitante do Brasil”, afirmou o governador. O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, completou: “Tivemos que colocar pacientes da rede particular em hospitais públicos”. A afirmação do secretário está ligada ao aumento da demanda vivido nessa noite no sistema de saúde.

Diante desse quadro, Casagrande considera inevitável adotar medidas mais rígidas para manter as pessoas em casa. “Infelizmente voltamos a fase em que vamos ter de pedir para as pessoas ficarem em casa. Vivemos um momento muito grave, o mais grave da pandemia. O objetivo de reduzir a circulação das pessoas não é só reduzir a transmissão, mas também o de diminuir os atendimentos nos hospitais para pacientes de outras doenças e situações, como os traumas, por exemplo”.

Para manter as pessoas em casa, o governo precisará adotar novas medidas. Normalmente, elas seriam anunciadas na sexta-feira, juntamente com o novo mapa de risco. Mas é bastante provável a antecipação dessas decisões, a serem tomadas com representantes da sociedade, no “pacto” buscado pelo governador. No domingo, ele foi alvo de críticas e ataques durante manifestações ocorridas na Grande Vitória.