Dia a dia
Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões no cartão corporativo
O valor é do cartão pessoal do ex-presidente e dos gastos da equipe presidencial. Os dados foram obtidos pela agência Fique Sabendo

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro e seu governo gastaram R$ 27,6 milhões no cartão corporativo. Foto: Divulgação
O governo federal divulgou os gastos em cartões corporativos do ex-presidente da República Jair Bolsonaro e seu governo. Os dados mostram que a gestão gastou R$ 27,6 milhões no cartão corporativo entre 2019 e 2022. As informações são dos portais de notícias Uol e G1.
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Os maiores gastos, que se destacam na relação, estão relacionados a hospedagem – principalmente, em viagens do presidente e de assessores. No total, foram R$ 13,7 milhões com hotéis. Essa é a maior fatia do que foi comprado com o cartão. Somente no Ferraretto Hotel, no Guarujá, cidade do litoral paulista, foi pago R$ 1,4 milhão.
A alimentação foi outra parcela significativa nos gastos gerais do cartão — foram gastos R$ 10,2 milhões —, neles se destacam:
- R$ 8.600 gastos em sorveterias;
- Cerca de R$ 408 mil em peixarias;
- Em padarias, Bolsonaro gastou R$ 581 mil ao longo do mandato.
Algo que chamou atenção foi um gasto de R$ 109.266,00 no modesto restaurante Sabor de Casa Delivery, localizado no centro de Boa Vista (RR), em 26 de outubro de 2021. Essa é a maior despesa com alimentação registrada em um cartão da Presidência durante o mandato de Bolsonaro.
O que é o cartão corporativo?
O uso dos cartões corporativos pelo governo federal é regulamentado pelo Decreto nº 5.355/2005.
Nele fica claro que o cartão deve ser usado para “pagamento das despesas realizadas com compra de material e prestação de serviços, nos estritos termos da legislação vigente”.
Segundo o Portal da Transparência, o uso do cartão não pede a obrigatoriedade de licitação, mas devem seguir “os mesmos princípios que regem a istração Pública – legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, bem como o princípio da isonomia e da aquisição mais vantajosa”.
Os gastos foram publicados em resposta a um pedido feito pela agência Fiquem Sabendo por meio da LAI (Lei de o à Informação). Os dados foram incluídos no repositório de informações classificadas da Secretaria-Geral da Presidência da República. Foram hospedados nesse mesmo link os gastos com cartões da presidência desde 2003. Essas dados já eram públicos, mas não estavam organizados de forma clara no site do governo.
