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Dia a dia

Blocos protestam após suspensão de desfiles no Centro de Vitória

Dois blocos tiveram a licença suspensa pela PMV

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Representantes de blocos protestaram no Centro com a suspensão dos desfiles. Foto: Divulgação (Regional da Nair)

Representantes de blocos de rua de Vitória, políticos, comerciantes e sociedade em geral realizaram, na manhã desta sexta-feira (24), um protesto no Centro da Capital contra a decisão da prefeitura de suspender o desfile de blocos que aconteceria neste fim de semana.

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A decisão da prefeitura atende a uma recomendação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) assinada pelo promotor de Justiça Marcelo Lemos Vieira.

Ele alegou que os blocos causaram excesso de sujeira, poluição sonora para os moradores da região e impacto na segurança pública.

Com isso, a prefeitura decidiu suspender a licença dos blocos Esquerda Festiva e Prakabá que desfilariam neste fim de semana.

A Liga dos Blocos do Centro de Vitória, Blocão, divulgou uma nota de repúdio à Notificação Recomendatória de “impedir quaisquer tipos de realização de carnaval de rua no bairro Centro de Vitória”.

“A referida recomendação revela-se uma medida inconstitucional e discriminatória, que acaba por criminalizar a maior manifestação da cultura popular do país e, em especial, o Carnaval do Centro da Capital”, diz um trecho da nota.

A vereadora Karla Coser esteve na manifestação e também fez críticas à decisão. Segundo a parlamentar, essa é uma festa popular que acontece em todas as cidades do país e não faz sentido a proibição em Vitória.

As deputadas estaduais Iriny Lopes e Camila Valadão, além dos vereadores André Moreira e Karla Coser, participaram do protesto. Foto: Divulgação (assessoria Camila Valadão)

“Alguém imagina isso acontecendo em Salvador? Alguém imagina isso acontecendo no Rio de Janeiro? Porque em Vitória tem que ser essa mistura do mal com o atraso. É ridículo o que a prefeitura está fazendo. É uma falta de respeito. A gente não vai deixar o carnaval de Vitória acabar”, disse durante seu discurso.

Direito à diversão

O advogado Constitucionalista Fernando Dilen lembrou que ao mesmo tempo em que a constituição consagra as manifestações artísticas e culturais, ela também resguarda o direito ao Meio Ambiente urbano.

Segundo ele, no caso de Vitória, as denúncias que chegaram ao Ministério Público foram destinadas às manifestações que aconteceram exclusivamente no Centro.

“Então a gente deduz que não houve esse tipo de conflito com relação às demais regiões, o que não impede que qualquer cidadão, eventualmente, possa pleitear uma ordem judicial que derrube essa determinação. O Ministério Público e a prefeitura estão atuando na parte istrativa. Não há uma manifestação judicial sobre o assunto”, explicou.