Dia a dia
Arquitetos pedem retomada das obras do Cais das Artes
O grupo afixou cartaz em cima da placa da obra destacando todas as movimentações culturais que estão deixando de acontecer no espaço devido à paralisação da obra

Arquitetos pedem retorno da obra do Cais das Artes. Foto: Jhandra Marykis/Divulgação
Um grupo de arquitetos se reuniu, na tarde desta segunda-feira (25), para cobrar o retorno das obras do Cais das Artes, complexo cultural na Enseada do Suá projetado pelo arquiteto capixaba Paulo Mendes da Rocha que está com as obras paralisadas desde 2015. A data escolhida pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) para o protesto também marca o aniversário da instituição e ainda o dia de nascimento do arquiteto que projetou o espaço.
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Grupo de arquitetos protesta em frente ao Cais das Artes. Foto: Jhandra Marykis/Divulgação
O grupo afixou cartaz em cima da placa da obra destacando todas as movimentações culturais que estão deixando de acontecer no espaço devido à paralisação da obra. Segundo o conselheiro do IAB Otávio de Castro, o ato foi pensado para chamar a atenção das pessoas do espaço para a cultura, lembrando de como o Cais das Artes traz muitos benefícios para a cidade e para a área urbana.
Em janeiro, o governo afirmou que as obras voltariam até o fim do primeiro semestre, mas até agora nada foi feito. Para finalizar a estrutura, ainda devem ser gastos R$ 70 milhões
Obras do Cais das Artes devem ser retomadas até julho deste ano
Essa foi a primeira de muitas manifestações do grupo, que quer levar também a discussão para as redes sociais para mostrar a importância do espaço. “Como que o governo deixa uma obra tão monumental de um dos arquitetos mais importantes e reconhecidos fora do país jogado às traças? Paulo Mendes da Rocha foi o único brasileiro a ganhar o Nobel de Arquitetura”, diz Otávio.
Ele destacou ainda os prejuízos pela obra estar parada durante tanto tempo. “Tem muito material que vai precisar ser retirado e refeito. O próprio concreto manchado e sujo terá de ser limpo. E ainda tem a deterioração da obra que terá em parte que ser restaurada”, aponta.
O governo foi procurado para comentar os prazos e próximas etapas da obra e também para explicar o atraso, mas não deu retorno até o fechamento da reportagem.
