Dia a dia
Armas de ‘civis’ superam em sete vezes as da PM no ES
Os números fazem parte do Anuário de Segurança Pública divulgados na semana ada

O Espírito Santo é o segundo estado com maior aumento no número de armas. Foto: FreePik
Os números de armas de fogo registrados no Espírito Santo chamam atenção para uma desproporcionalidade em relação ao uso de armamento. De acordo com o Anuário de Segurança Pública, em 2017, eram 14.044 registros ativos no estado. O número ou para 51.908 em 2022, uma variação de 260,6%, muito acima, inclusive, da média nacional que é de 144,3%. Os dados do anuário foram divulgados na semana ada.
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O levantamento colocou um Espírito Santo como segundo do país onde há o maior aumento no número de armas de fogo registradas, ficando atrás apenas de Sergipe.
A quantidade impressiona quando comparada ao que é usado pela Polícia Militar, por exemplo. Por questões de segurança, a corporação capixaba não divulga dados referentes ao seu armamento, como o número de armas disponíveis, por exemplo. Mas a PM informou que possui um efetivo de cerca de 7,5 mil agentes. Cada um deles possui uma arma.
Em outras palavras, é possível afirmar que existem hoje, no estado, em média sete armas registradas, nas mãos de cidadãos, para cada armamento disponível para a Polícia Militar.
O número fica mais expressivo quando leva-se em consideração as armas que são consideradas ilegais e que são utilizadas de forma clandestina, principalmente para ações da criminalidade.
Ainda segundo o anuário, só em 2022 entre porte e posse ilegal de arma de fogo, foram identificadas 1.176 ocorrências.
A Polícia Militar informou que as armas de fogo particulares pertencentes aos integrantes da PMES são registradas em um banco de dados próprio da corporação e cadastradas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA), cuja gestão é realizada pelo Exército Brasileiro.
Desse modo, cada armamento particular dos policiais militares é submetido a dois controles distintos, em atendimento ao que preconiza a atual legislação em vigor.
Quanto às armas de fogo institucionais, a aquisição de armamentos é objeto de controle por parte do Exército Brasileiro. Após adquiridas, tais armas são inseridas no patrimônio da PMES, onde são controladas por meio do Sistema de Gestão de Bens (SGB) da Corporação e do Sistema Integrado de Gestão istrativa (SIGA), gerenciado pelo governo do Estado.
O governo do Estado destaca que “mantém investimentos anualmente, no sentido de dar aos militares os melhores equipamentos, que permitam precisão e eficiência, no momento em que houver necessidade de uso”.
