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Aracruz adota kit com cloroquina contra a covid-19

A secretária municipal da Saúde, Clenir Avanza, ressalta que os medicamentos serão oferecidos mediante prescrição médica

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Aracruz adota kit com cloroquina contra a covid-19. Foto: Reprodução/Whatsapp

Aracruz adota kit com cloroquina contra a covid-19. Foto: Reprodução/Whatsapp

 

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A Secretaria de Saúde de Aracruz vai oferecer gratuitamente kits com medicação para o tratamento da covid-19. O protocolo ambulatorial adotado pelo município prevê o uso de Hidroxicloroquina, Azitromicina, Ivermectina, Prednisona e Zinco. Aracruz é um dos municípios que solicitaram oficialmente ao governo do estado o envio de medicamentos à base de cloroquina para tratamento de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.

A secretária municipal da Saúde, Clenir Avanza, ressalta que os medicamentos serão oferecidos mediante prescrição médica. “Os moradores que sentirem os sintomas devem procurar a Unidade de Saúde. A pessoa vai ar por uma consulta e o médico vai avaliar se é necessário ou não entrar com os medicamentos. Não existe distribuição de kit. O paciente terá o em caso de necessidade médica. A automedicação é crime”.

Novo protocolo estadual

No último sábado (20), a Secretaria de Saúde atualizou o protocolo para o uso da cloroquina no estado. A nova recomendação para tratamento farmacológico de pacientes com a covid-19 foi publicada na Nota Técnica Covid-19 nº 42/2020. Os municípios que pretenderem usar cloroquina devem seguir as recomendações expostas em comunicado distribuído pela Sesa na última sexta-feira (19).

A Secretaria de Saúde ressaltou a inexistência de comprovação de eficácia do uso do medicamento no tratamento da covid-19. Mas diante das regras baixadas pelo ministério, a secretaria faz uma série de recomendações para a adoção do remédio pelos municípios. Entre as principais preocupações da secretaria está a possibilidade de ocorrência de reações adversas. Estudos feitos com o medicamento apontam para o risco de problemas na visão e também de complicações cardíacas nos pacientes. A Sesa também orienta as prefeituras a garantirem a proteção jurídica dos médicos, para que eles não se tornem alvo de ações cíveis e criminais em caso de efeitos colaterais graves ou mesmo óbito.

Uso da cloroquina

O conselheiro do CRM-ES (Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo) Carlos Magno Pretti Dalapicola defende a livre prescrição da cloroquina. “O medicamento deve ser disponibilizado para os municípios. E em caso de prescrição médica, o paciente que tem poucos recurso, vai encontrar disponível na farmácia do SUS. Hoje, quem tem a prescrição na mão, não encontra e tem que mandar manipular e o custo é mais elevado”.

Dr. Carlos Magno ressalta que, apesar da falta de comprovação científica até o momento, tem médico que acredita na eficácia da medicação na fase inicial da doença, assim como, tem doente que tem interesse em usar. Outros não acreditam na medicação e alegam que ela tem possibilidade de trazer problemas como arritmia cardíaca. Ele frisa que o ideal é que antes do uso da cloroquina, o paciente deve ser examinado e só deve fazer uso em caso de prescrição médica.