Dia a dia
Após superlotação no PA da Glória, paciente destrói consultório
Segundo a Secretaria de Saúde de Vila Velha, uma servidora pública ficou ferida. A paciente foi atendida e encaminhada para a Polícia Civil

Sala do PA da Glória foi destruída após fúria de uma paciente. Foto: Reprodução
Horas após uma ouvinte da rádio BandNews Espírito Santo denunciar superlotação no Pronto Atendimento da Glória, em Vila Velha, uma paciente de 49 anos foi detida pela Guarda Municipal por destruir uma sala de atendimentos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, uma servidora ficou ferida.
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Em imagens compartilhadas nas redes sociais, é possível ver a mulher aos gritos dizendo às equipes responsáveis pelo serviço “vocês não fizeram nada”. Na sequência, ela arremessa cadeiras contra outros móveis e equipamentos que já tinham sido atirados ao chão.
De acordo com a prefeitura, a Guarda Municipal foi acionada devido a tumulto gerado por uma paciente. “Ela alegava sintomas de covid e não aceitou a classificação dada no primeiro atendimento, a partir de quando xingou uma das servidoras que a atendia. Ela também arremessou a mesa e machucou a servidora. Um computador e um monitor cardíaco caíram no chão”, disse em nota.
Apesar da fúria, o município garante que a paciente foi atendida. Porém, na sequência, “foi apresentada às autoridades policiais pelos crimes contra o patrimônio e desacato a servidor público. No boletim de ocorrência consta ainda que a senhora não cumpria com os protocolos sanitários devidos e se recusava a utilizar máscara”.
Segundo a Polícia Civil, a mulher foi conduzida para a Delegacia Regional de Vila Velha, onde foi autuada em flagrante por dano ao patrimônio público. Ela responderá em liberdade, após o recolhimento da fiança arbitrada pelo delegado de plantão.
Confira o vídeo compartilhado nas redes sociais
Denúncia de superlotação
Mais cedo, ainda pela manhã, uma ouvinte da rádio BandNews Espírito Santo denunciou a superlotação no PA da Glória, com filas que se estendiam tanto pelos corredores da triagem quanto do lado de fora da unidade.
Segundo o relato da ouvinte, o atendimento da sua mãe, uma senhora de 79 anos, levou cerca de duas horas. Porém, logo após a consulta, ela ou por exames, mas não foi liberada para deixar a unidade sequer para tomar ar fresco.
“Foi solicitado alguns exames e agendaram o resultado para as 13h20. Porém, não me permitiram sair do Pronto Atendimento. Alegaram que se eu sair, ela vai perder a vez e eu terei que ar pelo médico de novo. Como fico com uma idosa de 79 anos, com pressão alta, sem conseguir se alimentar, dentro desse caos com as pessoas tossindo em cima da gente?”, indagou ouvinte que fez a denúncia.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Vila Velha disse que atuou nesta segunda-feira com o quadro de médicos completo no Pronto Atendimento da Glória, sendo oito clínicos, um médico de emergência, um cirurgião geral e três pediatras.
Disse também que a unidade está com uma alta demanda de pacientes de síndrome respiratória e que pela manhã foram recebidos, em média, 60 pacientes por hora.
