Analfabetismo é seis vezes maior entre pessoas com deficiência no ES

O analfabetismo atinge principalmente as pessoas que têm algum tipo de deficiência. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Além de enfrentar as dificuldades por ter algum tipo de deficiência, essas pessoas ainda precisam conviver com outro tipo de problema social: a barreira do o à educação.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (7), foram identificadas 348 mil pessoas que possuem alguma deficiência vivendo no estado.

Os dados revelam que o analfabetismo entre pessoas acima de 15 anos atinge 19% desse público contra 3% dos que não tem nenhuma deficiência.

Segundo o órgão, a taxa de analfabetismo das pessoas com deficiência cresceu com a idade, refletindo a maior escolarização das gerações mais jovens.

Do total dos entrevistados, 64,7% das pessoas de 25 anos ou mais de idade com deficiência não têm instrução ou possuem o ensino fundamental incompleto.

Já as pessoas de 25 anos ou mais de idade com deficiência apresentaram maiores percentuais para os grupos que não
completaram a educação básica.

Ao todo, 64,7% eram sem instrução ou com o fundamental incompleto; e 11,6% tinham o fundamental completo ou médio incompleto.

Sendo que esses percentuais foram, respectivamente, 30,7% e 12,7% entre as pessoas sem deficiência.

No Espírito Santo, o percentual de pessoas do grupo de 25 anos ou mais de idade que concluiu a educação básica obrigatória foi de 23,8% para as pessoas com deficiência e, 56,7% para as pessoas sem deficiência.

Do total de pessoas do grupo etário de 25 anos ou mais de idade, as parcelas que correspondem a ter o nível superior foram 6,2% para as pessoas com deficiência e 21,2% para as pessoas sem deficiência.